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Presidente eleito terá que lutar contra os número


Alan Gripp e Isabel Braga - Agência O Globo BRASÍLIA - O presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ter que suar a camisa se quiser ter a Câmara ao seu lado nos próximos quatro anos. Considerando que os aliados de agora renovarão o matrimônio, a bancada governista que tomará posse ano que vem é menor do que a atual, número estimado atualmente em torno de 300 deputados. O número dá ao Planalto maioria simples, mas ainda não garante cacife suficiente para aprovar reformas constitucionais (308 votos). O problema é que a oposição aumentou sua bancada e, muito embora não ameace a maioria governista, ainda tem votos suficientes para criar CPIs quando bem entender - tanto na Câmara (mínimo de 171 votos) quanto no Senado (23 votos). Com a atual configuração, para aprovar as reformas tributária (promessa ainda do primeiro governo) ou política (promessa do discurso de posse), por exemplo, o governo precisará fechar acordos com a oposição, que ainda mantém a temperatura elevada da campanha. Isso explicaria em parte as declarações de petistas a favor de uma conciliação. Muita água ainda vai rolar até o recomeço do jogo, em fevereiro de 2007, quando toma posse a nova Câmara. Até lá, poderá ocorrer o tradicional troca-troca de partidos, embora a tendência seja a redução da infidelidade - a divisão de cargos e de tempo de TV para as próximas eleições terão como base as bancadas eleitas, e não mais as que tomam posse. Lula tem ainda aliados poderosos para influenciar votos ao longo do novo mandato: os 16 governadores eleitos com sua bênção. - A oposição está ressentida, mas há a predisposição de renegociar as dívidas dos estados e aí os governadores poderão sensibilizar suas bancadas para apoiar o governo em alguns temas - diz o analista político Antônio Augusto de Queiróz, do Departamento Intersidical de Assessoria Parlamentar (Diap). Considerando os acordos feitos até aqui, o Diap estima que a bancada governista em 2007 tenha, na melhor das hipóteses, 307 deputados. A conta inclui as bancadas do PT, PCdoB, PSB, PP, PL, PTB, PSC e parte do PMDB. Mas o apoio ao governo não é consenso nestas legendas. O PMDB, principalmente, que terá a maior bancada (89 deputados), continua dividido como sempre. Hoje, estima-se que, entre 60% e 80% dos peemedebistas, marchem com o governo. O governo ensaia ainda uma reaproximação com o PV e o PDT, que, juntos, elegeram 37 representantes. Aliados, no entanto, têm dito que, para não repetir os fracassos do atual mandato, Lula precisa pôr a mão na massa. - Não é fácil construir uma base sólida, mas impossível também não é. Ele (Lula) não deve terceirizar a articulaçào política, tem que exercê-la diretamente - afirma Renato Casagrande (ES), ex-líder do PSB na Câmara e senador eleito. Essa negociação passará pela distribuição dos cargos a serem preenchidos a partir de janeiro. A oposição começará o ano com um número entre 160 e 200 votos, dependendo das negociações que começam agora. Líderes do PFL e do PSDB reconhecem a maioria do governo, mas fazem graça com a dificuldade do governo em manter os seus comandados falando a mesma língua. - O que for de maioria simples, eles que coloquem gente para votar. Os números até mostram que o governo teria maioria, mas não é o que têm feito ultimamente - disse o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ).

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