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Política - Nacional

Privatização ganha espaço no debate


Agência O Globo RIO - No segundo bloco do debate no SBT, os candidatos a presidente puderam fazer perguntas livres ao adversário. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, manteve o tom da campanha e focou na questão das privatizações. Geraldo Alckmin (PSBD), por sua vez, voltou a negar que vá privatizar o Banco do Brasil e a Petrobras e acusou Lula de mentir. Porém, o tucano reconheceu os avanços das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. - As privatizações do governo anterior tiveram avanços, como a questão da telefonia. Quem tinha telefone antes da privatização? Hoje, 90 milhões de brasileiros têm telefone celular, fora o convencional, mais de 70 mil empregos foram gerados. Se tivesse errado, deveria ter reestatizado. Não tem problema privatizar, se for correto deve ser feito. Não pode é mentir e dizer que vou privatizar o Banco do Brasil e a Petrobras - disse o tucano. O presidente Lula também indagou onde foram parar os R$ 200 milhões das privatizações do governo FH que, segundo o presidente, "não foram aplicados em nada". Alckmin se esquivou e, ao responder, abordou novamente a questão do crescimento econômico, que já havia sido levantada anteriormente pelo próprio. Crescimento econômico - Temos uma grande diferença. Ele (Lula) acha que o Brasil está bom para crescer 2%. Diz que o Brasil não tem pressa para crescer, ao contrário de Juscelino. E eu tenho pressa. Ele diz que não vai cortar gastos, a carga tributária vai aumentar. Eu vou cortar gasto, reduzir imposto e fazer o país crescer - disse Alckmin, que citou um ranking da revista "The Economist", onde o Brasil aparece na lanterna em termos de desenvolvimento. Ao rebater o tucano, Lula disse que "o país está preparado para dar o próximo salto do crescimento". E afirmou que a economia vai crescer acima de 5% nos próximos dez anos. - Alckmin é daqueles brasileiros que deu no New York Times vale, se não deu, não vale. Faz parte daquele Brasil colonizado intelectualmente, que ao invés de ler a imprensa nacional, prefere ler o que deu numa revista inglesa. O Brasil não pode ser comparado com o Haiti ou a China, tem que ser comparado consigo mesmo. Estamos mostrando que é possível crescer com distribuição de renda - disse o presidente que, em seguida, lembrou que herdou um país completamente "descontrolado". Saúde Alckmin voltou a bater na questão da saúde, lembrando uma declaração do presidente Lula de que "a saúde estaria à beira da perfeição". Sem citar nomes, Lula alfinetou, em sua resposta, os aliados do candidato tucano no estado do Rio. Ano passado, após longa queda-de-braço entre o prefeito Cesar Maia e o governo federal, motivada por divergências sobre repasse de verbas para unidades municipalizadas, houve uma intervenção federal em hospitais do Rio. - Não posso esperar que ele reconheça alguma coisa. Óbvio que precisa melhorar e vai precisar melhorar sempre. Mas nunca esteve como está hoje. Se a saúde do Rio não é tão boa, é porque a pessoa que está te apoiando não aceitou receber ajuda. Estamos fazendo a universalização da saúde no Brasil - disse o presidente, que foi rebatido pelo tucano: - Não adianta transferir a culpa para prefeito (Cesar Maia). Por que há um sucateamento nos hospitais federais da cidade do Rio - disse. Educação O presidente Lula levantou a questão da educação e perguntou a Alckmin qual seria sua proposta para a área. Ao elaborar a pergunta, o presidente citou o baixo desempenho de São Paulo no Saeb e no Enem. O tucano contra-atacou lembrando que o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb) ainda não saiu do papel. - Não estamos aqui para discutir o governo de São Paulo. A eleição já ocorreu. Ganhamos com o Serra. Vamos trabalhar para melhorar muito, porque piorou. O numero de crianças em trabalho infantil aumentou 10%. Trocou de ministro várias vezes. Cristovam Buarque, um dos mais respeitados mestres, foi demitido por telefone. Os Fundeb durante quatro anos não saiu do papel. Vou priorizar creche, a universalização do ensino médio - disse Alckmin. - O Fundeb só não foi aprovado porque a orientação do PSDB é não aprovar nada que possa favorecer o governo - rebateu Lula, que foi alfinetado, em seguida, pelo tucano: - O governo tem maioria para absolver mensaleiro, mas não tem para aprovar o Fundeb.

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