Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

Programa de Aids do governo reconhece risco em sangue doado por homossexual


Evandro Eboli - Agência O Globo BRASÍLIA - Em nota técnica, o Programa Nacional de Aids (DST-Aids) do Ministério da Saúde reconhece que há risco no sangue doado por homossexuais. A nota é uma interpretação de uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2004, que apontava que havia risco acrescido no sangue doado por homossexuais. A nota afirma que a inabilitação para doação "não se aplica apenas a gays e outros homens que fazem sexo com homens, mas toda e qualquer população que, comprovadamente, encontre-se em situação de risco acrescido de transmissão de determinadas doenças através do sangue, nos doze meses anteriores à doação". Para o Ministério da Saúde, não se trata de uma questão de homofobia. Segundo a nota, assinada pela diretora do Programa Nacional de Aids, Mariângela Simão, o governo é contra qualquer tipo de preconceito e discriminação. Ela diz que os critérios têm como objetivo identificar a exposição a práticas de maior risco na transmissão de algumas doenças, que podem comprometer a qualidade do sangue. No entanto, o programa de Aids demonstra preocupação com a triagem que vem sendo feita em alguns hemocentros, que leva em conta a orientação sexual do doador. O Ministério da Saúde sugere à Anvisa que essa triagem seja feita com base na situação de risco acrescido, e não pela opção sexual do doador. Mariângela afirma, na nota, que é necessário uma padronização dessa triagem em todo o país. Do contrário, segundo a diretora, ela acaba favorecendo o surgimento de atitudes preconceituosas e discriminatórias. A nota encerra afirmando que "a questão deve ser analisada do ponto de vista de política pública de saúde, com o objetivo de garantir às pessoas a qualidade do sangue ofertado. A meta da regra da Anvisa é minimizar esse risco, com objetivo de um bem coletivo maior: a saúde da população". Os movimentos que atuam na defesa dos direitos dos homossexuais haviam se posicionado contra a resolução da Anvisa por entenderem que ela era discriminatória. A resolução chegou a ser suspensa por determinação da Justiça Federal do Piauí, mas depois foi restaurada em outra decisão judicial e as entrevistas com os doares voltaram ser feitas.

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (25) maioria de votos para determinar que a Câmara dos Deputados faça a redistribuição do

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (SInagências) conseguiu uma solução direta do governo após intensa articulaç

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Reservas foi instaurada em Rondônia para investigar possíveis irregularidades nos processos de criação

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Na tarde dessa segunda-feira (06), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta, esteve r

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)