Domingo, 4 de junho de 2017 - 16h03
247 – O PSDB, que liderou o golpe contra a presidente legítima Dilma Rousseff, e ajudar a instalar no poder o governo mais corrupto e impopular da história do Brasil, com Michel Temer à sua frente, partiu para o suicídio.
A avaliação é do filósofo Marcos Nobre, professor da Universidade de Campinas.
"O PSDB está adotando uma estratégia suicida, porque vai cair no colo dele a fatura pelas crises e impopularidade do governo Temer. Há um impasse e o PSDB está paralisado no momento em que sua própria existência está em causa, acreditando que está mantida sua posição natural de líder", disse ele em entrevista à jornalista Mariana Sanches.
"O candidato presidencial do partido em 2014, Aécio Neves, teve o mandato de senador suspenso e está ameaçado de ser preso a qualquer momento. Isso é uma ameaça evidente pro partido. A única saída para o PSDB perante seu eleitorado — essa elite mais esclarecida — seria retirar seu apoio ao governo e forçar o Temer a se retirar, oferecendo evidentemente uma alternativa de sustentabilidade. Mas para isso o PSDB teria que colocar a mão na massa."
Segundo ele, os tucanos estão sem rumo e perdidos. "De um lado, Aécio foi o grande fiador da entrada do PSDB no governo Temer e continua a ser seu maior defensor. De outro lado, o diretório de São Paulo está em pânico porque sabe que vai ser castigado na próxima eleição pelo que estão fazendo", afirma.
Neste domingo, o ex-presidente FHC assumiu posição clara contra eleições diretas – o anseio de 85% dos brasileiros (leia mais aqui).
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