Sábado, 17 de março de 2018 - 14h02
Revista Fórum - O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, informou que o partido vai ingressar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que o órgão tome providências contra a desembargadora Marília Castro Neves, que acusou a vereadora Marielle Franco de envolvimento com o crime organizado.
“As declarações da desembargadora são inaceitáveis. Elas são parte da onda de boatos mentirosos que grupos de extrema-direita passaram a disseminar nas redes sociais desde ontem (sexta-feira, 16). A questão é que não se trata de um áudio anônimo num grupo de WathsApp, mas de uma representante do Poder Judiciário. Isso não pode ficar sem punição. É uma afronta à luta da Marielle e de todos os defensores de direitos humanos”, revelou Juliano, em contato com a Fórum.
O presidente do PSOL não foi a única liderança que se manifestou contra a desembargadora. Pelo Twitter, o deputado federal do partido, Ivan Valente, protestou: “Denunciar a desembargadora ao CNJ deve ser feito. Mas é pouco. Não é opinião de cidadã, é calúnia, é prática fascista digna de execração pública”. Em outra mensagem, Valente escreveu: “A desembargadora Marília Castro Neves acaba de declarar (folha) q. Marielle foi assassinada por dívidas c/o comando vermelho e q. seu “cadáver comum” está sendo valorizado p/esquerda. Deve ser processada por calúnia e condenada por estupidez humana”.
Também via Twitter, Guilherme Boulos, pré-candidato a presidente pelo PSOL, rebateu: “Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acusa Marielle de fazer parte de organização criminosa. Essa senhora precisa ser denunciada e punida pelo Conselho Nacional de Justiça”.
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