Quarta-feira, 11 de julho de 2018 - 07h06
247 - O PT elabora neste momento uma ofensiva jurídica contra o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, por este ter interferido junto à Polícia Federal para evitar o cumprimento do habeas corpus concedido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido entende que a clara intervenção ilegal de Jungmann é a comprovação definitiva da “perseguição do Judiciário e do juiz federal Sergio Moro” contra o petista. A área jurídica do PT estuda neste momento qual o melhor caminho para acionar Jungmann.
O ministro, ao qual a PF é subordinada, disse à deputada Maria do Rosário (PT-RS) que o presidente do TRF-4 pedira à corporação que esperasse o despacho final do desembargador Thompson Flores, presidente do TRF-4. Essa ação direta de um ente do poder executivo - o ministro Jungmann - foi a responsável pelos agentes da PF, que estavam de plantão, não soltarem Lula quando Favreto deu a decisão, pela manhã.
"Na avaliação do partido o ministro foi um dos principais “agentes” dessa “manobra”. “Se o Jungmann participou diretamente desse esquema, será responsabilizado”, afirmou o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), um dos autores do habeas corpus que provocou o imbróglio jurídico. Jungmann negou que isso tenha acontecido. Questionado na segunda-feira, 9, se poderia haver algum tipo de responsabilização da Polícia federal por causa da demora em soltar o ex-presidente, o ministro disse que a PF “cumpriu estritamente a lei, num momento muito difícil, complicado, de conflito de competências, no Poder Judiciário.” Procurado nesta terça-feira, 10, Jungmann não se manifestou.
Deputados e senadores petistas se alternaram ontem falando sobre o assunto nas tribunas do Congresso e cogitam se mobilizar para convocar ou convidar Jungmann para dar explicações na Câmara ou Senado. O partido também organiza atos de rua – o primeiro deles está marcado para o dia 18, em Curitiba."
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