Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

'Quanto vai custar o primeiro lugar na lista?', indaga analista


Hilda Badenes (Agência O Globo) RIO - O sistema de voto em lista - uma das propostas que pode ser aprovada no pacote de reforma política - apresenta algumas vantagens, mas abre espaço para a corrupção interna dos partidos, uma vez que deixará nas mãos dos caciques partidários a escolha dos nomes da lista. O alerta é feito pelo cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Social (IBPS). - Os presidentes dos partidos e os membros de diretórios eleitorais vão controlar as indicações para a lista. O eleitor perde a liberdade de escolher seu candidato. Isso pode fazer com que a corrupção eleitoral se desloque das ruas para dentro do partido. Quanto vai custar o primeiro lugar na lista? - indaga. Monteiro explica, no entanto, que o voto fechado pode melhorar a qualidade da representação na Câmara, à medida que o peso do poder econômico na campanha - que presumirá o financiamento público - será muito menor. - A diferença de renda, de capital político, deixa de existir. O partido ganha mais condições de preparar uma chapa melhor. Há pessoas de excelente nível, mas que não têm voto e que podem dar uma boa contribuição. Assim, pode melhorar a qualidade da representação, ao colocar pessoas mais bem preparadas na disputa - avalia. Para que o voto em lista não seja instrumento de corrupção das oligarquias partidárias, Monteiro sugere que sejam tomadas algumas precauções. Segundo ele, é preciso ter garantido por lei a eqüidade entre os filiados na disputa e critérios mais objetivos para definir os lugares na lista. - Uma outra proposta seria ter um mecanismo em que o eleitor pudesse alterar a posição dos candidatos na lista - sugere. Na opinião do analista, o eleitorado terá dificuldade de assimilar o novo sistema - que pode ser aprovado no pacote de reforma política. Além disso, ele lembra que o voto em lista é bem sucedido em sistemas partidários fortes, o que não é o caso do brasileiro. - Há 100 anos, estamos acostumados a votar em nomes de candidatos. Nosso sistema partidário não é forte. Nossos partidos são marcas fantasia, sem identidade ideológica nenhuma - analisa.

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (25) maioria de votos para determinar que a Câmara dos Deputados faça a redistribuição do

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (SInagências) conseguiu uma solução direta do governo após intensa articulaç

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Reservas foi instaurada em Rondônia para investigar possíveis irregularidades nos processos de criação

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Na tarde dessa segunda-feira (06), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta, esteve r

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)