Domingo, 19 de novembro de 2017 - 20h45
247 - Engenheiro mecânico Paulo Pedrosa, escolhido pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, para ocupar a Secretaria-Executiva da pasta e responsável por atender ao lobby das multinacionais do setor de petróleo que resultaram na eliminação de exigências de compra de conteúdo local da indústria nacional, flexibilização das exigências ambientais e isenção de impostos de quase R$ 1 trilhão, já atuou na defesa de interesses de grandes grupos ligados ao setor energético, como a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (ABRACE).
Graduado pela universidade de Brasília, Pedrosa possui especialização em turbinas hidráulicas e projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), além de um MBA pela Fundação Instituto de Administração (FIA-USP). Ele também foi professor dos cursos de MBA em Energia do IBMEC-Rio e da FGV-SP, e da Pós-Graduação em Direito da Energia da Universidade Cândido Mendes.
Entre 2001 e 205, Pedrosa foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tendo atuado na Eletronorte e na Chesf, do sistema Eletrobras. Ele também ocupou o cargo de conselheiro do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS).
Já como secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Pedrosa cedeu ao lobby do governo inglês para mudar as regras de exploração do petróleo, em benefício de multinacionais como a Shell e a BP. O governo inglês, segundo o jornal britânico The Guardian, despachou para o Brasil o ministro do Comércio, Greg Hands, que veio ao Rio de Janeiro, onde manteve reuniões com Pedrosa.
"Greg Hands se encontrou com Paulo Pedrosa, vice-ministro brasileiro de minas e energia, e "diretamente" levantou as preocupações das empresas petrolíferas Shell, BP e Premier Oil britânicas sobre "tributação e licenciamento ambiental". Pedrosa disse que estava pressionando seus homólogos no governo brasileiro sobre as questões, de acordo com um telegrama diplomático britânico obtido pelo Greenpeace", assinala o Guardian.
"O governo do Reino Unido negou que fosse lobby para enfraquecer o regime de licenciamento ambiental, embora a campanha de lobby mostrou ter dado frutos. Em agosto, o Brasil propôs um plano de alívio tributário de vários bilhões de dólares para perfuração offshore e, em outubro, a BP e a Shell ganharam a maior parte das licenças de perfuração de águas profundas em um leilão do governo", diz o periódico mais à frente. "Diplomáticos britânicos descreveram o enfraquecimento dos chamados requisitos de conteúdo local como um "principal objetivo" porque a BP, a Shell e o Premier Oil seriam "beneficiários britânicos diretos" das mudanças", completa o texto.
O resultado final acabou na forma da venda dos direitos de exploração da camada do pré-sal para as multinacionais, além da perda de mercado para as empresas brasileiras e na renúncia fiscal de cerca de R$ 1 trilhão.
Leia a matéria do Brasil 247 sobre o lobby inglês no setor de petróleo brasileiro .
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