Terça-feira, 26 de abril de 2011 - 17h13
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) admitiu nesta terça-feira (26) que “perdeu a paciência” ao arrancar o gravador das mãos de um jornalista no plenário do Senado, após ser questionado sobre a aposentadoria que recebe como ex-governador do Paraná.
Requião disse que se irritou com a insistência das perguntas do repórter Victor Boyadjian, da rádio Bandeirantes. Segundo o senador, havia “nas perguntas doses de provocação, ao estilo CQC ou Pânico”, em referência aos programas de televisão das emissoras Band e Rede TV!, respectivamente.
- Foi quando perdi a paciência e peguei o gravador do repórter. Por que o fiz? Para que ele não editasse a entrevista, não a picotasse, não a desfigurasse. Peguei o gravador, copiei a entrevista e a publiquei na íntegra, em minha página na internet.
Para justificar seu ato, Requião chegou a dizer que a sociedade e os parlamentares sofrem bullying da imprensa brasileira, que ele julga como “absolutamente provocadora e irresponsável”. O senador pretende apresentar um projeto que institua o direito de resposta, dispositivo eliminado depois que o Supremo Tribunal Federal anulou a lei de imprensa, em 2009.
- Estou reapresentando o projeto para garantir à parte que se julgar lesada, acesso rápido aos meios de comunicação para o restabelecimento da verdade. A falta de um instrumento como este tem me deixado e a tantos brasileiros impossibilitados de defesa quando vítimas de informações não verdadeiras.
Requião conversava nesta segunda-feira (25) com um grupo de jornalistas sobre a economia nos gastos públicos, especialmente na Previdência Social, quando Boyadjian perguntou ao senador se ele estaria disposto a abrir mão de sua própria aposentadoria vitalícia, de R$ 24.117,62, em nome da contenção de despesas.
Logo após o episódio, Requião postou em sua página no Twitter uma mensagem em que se refere ao repórter como “provocador”.
- Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho. Numa boa, vou deletá-lo.
Em pronunciamento no plenário na tarde de hoje, Requião negou que houvesse a intenção de censurar a imprensa e chegou a citar a Bíblia.
- Há momentos em que a indignação é uma virtude, em outros, a virtude é a indignação, como foi a do Cristo, ao responder com energia e firmeza aos vendilhões do templo.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também falou durante o pronunciamento de Requião e ponderou que, apesar de respeitar o colega, acredita que sua relação com o jornalista deve ser “recomposta”. Para o petista, “o jornalista estava no seu direito de fazer a pergunta sobre qualquer assunto que seja”.
- Eu não sei exatamente a forma como se deu o episódio, mas que a vossa excelência possa recompor sua relação com o jornalista.
Além de Suplicy, Lobão Filho (PMDB-MA) também registrou aparte ao pronunciamento de Requião. Ele defendeu o colega de partido dizendo que, caso Requião tenha errado, “sua história, sua biografia há de falar mais alto do que esse episódio”.
Fonte: Portal R7
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