Terça-feira, 18 de abril de 2017 - 05h33
SP 247 - Um dos delatores da Odebrecht, o executivo Luiz Eduardo Soares, diz em depoimento que o ex-diretor do Dersa Paulo Vieira Souza, conhecido como Paulo Preto, devolveu R$ 4 milhões para a empresa em 2010. Posteriormente, o equivalente a esse valor em dólares, US$ 2 milhões, teriam sido depositados para José Serra em conta no exterior do empresário Jonas Barcellos, dono do grupo Brasif.
Os R$ 4 milhões foram pagos pela Odebrecht por causa da obra do Rodoanel Sul, segundo o delator.
As informações são de reportagem de Mario Cesar Carvalho na Folha de S.Paulo.
"Em 2010, Serra foi candidato à Presidência pelo PSDB e perdeu a disputa para Dilma Rousseff (PT). Paulo Preto é acusado por delatores de intermediar repasses ilícitos no Dersa a favor de Serra e do atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira -o que ambos negam com veemência.
O senador afirma em nota à Folha que a história contada pelo delator não faz o menor sentido e negou que tenha beneficiado a Odebrecht quando ocupou cargos públicos.
O empresário citado pelo delator é dono da Brasif, empresa que administra free-shops em aeroportos.
Barcellos é apontado por delatores da Odebrecht como o quarto empresário a emprestar contas para que Serra recebesse recursos da Odebrecht. Os outros são Márcio Fortes, ex-tesoureiro do PSDB, Ronaldo Cezar Coelho, amigo de Serra, e José Amaro Pinto Ramos, acusado de ser lobista ligado aos tucanos paulistas. Todos negam que Serra seja o beneficiário desses depósitos.
Soares diz que a devolução dos R$ 4 milhões foi acertada por ele e Roberto Cumplido, executivo da Odebrecht que gerenciava o contrato do Rodoanel Sul, na sala de Paulo Preto no Dersa.
"Ele [Paulo Preto] estava querendo devolver um numerário para nós e fui lá combinar como seria a retirada desse dinheiro", diz Soares.
Ele diz que a Odebrecht acionou um empresário que trabalhava como doleiro para a empresa, Alvaro Novis, que retirou os R$ 4 milhões na casa de Paulo Preto.
Semanas depois, ainda de acordo com o delator, Benedito Junior, que presidiu a construtora do grupo, convocou-o para ir ao Rio acertar o depósito com o empresário da Brasif. Soares afirma que não se falou em Serra na reunião com Barcellos na sede da Brasif, no Leblon. Mas, segundo Soares, Benedicto Junior lhe disse que 'esse dinheiro pertenceria ao Serra'."
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