Terça-feira, 24 de fevereiro de 2009 - 14h35
O senador Pedro Simon (RS) disse que o PMDB, seu partido, olha para a sucessão presidencial de 2010 com visão negocial.
A legenda oscila entre o apoio a Dilma Rousseff (PT) ou a adesão a José Serra (PSDB). Na opinião de Simon, vai optar por aquele que pagar mais.
"O PMDB está se oferecendo para ver quem paga mais e quem ganha mais", disse Simon à repórter Amália Goulart.
As declarações de Simon chegam nas pegadas da entrevista em que Jarbas Vasconcelos (PE) dissera que boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção.
Curiosamente, a primeira reação de Simon deixara irritado o próprio Jarbas, seu amigo e, como ele, fundador do PMDB.
Simon afirmara que as perversões do PMDB não eram diferentes das práticas de outras legendas.
Agora, em sua nova manifestação, Simon repisou a tecla de que todos os partidos farejam vantagens. Mas, a exemplo do que fizera Jarbas, mirou o PMDB.
Simon criticou o deputado Michel Temer (SP), presidente da legenda. Disse que "o comando partidário não está à altura do partido".
Acha que, submetido aos interesses de sua caciquia, o PMDB rendeu-se à política de quem paga mais. Acrescentou: Eles ficam esperando para ver quem paga mais".
De original em relação à fala de Jarbas, Simon pronunciou uma obviedade que seu companheiro de partido não realçara.
Disse que a fisiologia que marca a ação do PMDB não nasceu sob Lula. Deu-se coisa semelhante na gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso.
"O PMDB fez de tudo para agradar o Fernando Henrique e conseguiu carguinhos. Agora faz a mesma coisa com Lula".
Simon disse que o declínio moral do PMDB começou em 1994, na sucessão do então presidente Itamar Franco.
O senador recordou que, naquela ocasião, o ex-governador Orestes Quércia (SP) assumira o comando do PMDB.
Segundo Simon, Quércia, hoje presidente do diretório do PMDB em São Paulo, medira forças com José Sarney, agora presidente do Senado, pelo comando da legenda.
A política não era mais como na época do Ulysses [Guimarães], disse Simon. Passou a ser uma política de quem paga mais.
O que fazer? Simon acha que os atuais mandachuvas do partido deveriam bater em retirada: "O PMDB poderia fazer uma limpa".
"Isto que estamos passando é uma vergonha", lamuriou-se o senador. Acha que a limpeza que preconiza deveria vir de baixo para cima.
"Impossível não é, ecredita Simon. As bases pensam como nós". Na falta de uma pesquisa, é difícil saber o que pensam as bases do PMDB. Porém...
Porém, hoje parece mais provável o alijamento de personagens como Jarbas e Simon do que o processo de higienização do PMDB.
Fonte: Josias de Souza / jornal Folha de São Paulo
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