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Política - Nacional

Tarso Genro diz que 80% da grande mídia brasileira apóia Alckmin


Isabel Braga - Agência O Globo BRASÍLIA - O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, considerou naturais as críticas de imparcialidade de setores da imprensa contidas no boletim de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgado neste sábado. Segundo o ministro, 80% da grande imprensa apóia a candidatura do tucano Geraldo Alckmin e combate a candidatura Lula. Tarso fez questão de salientar que não interpreta essa parcialidade de setores da mídia como algo ilegal, conspirativo ou anti-democrático. - Hoje há, sem sombra de dúvida - e não estou dizendo que seja conspiração, que seja algo ilegal ou anti-democrático - mas há massivamente uma campanha onde 80% da grande mídia apóia Alckmin e combate a candidatura Lula. É natural que se responda, mas isso não significa desrespeito e nem acusação de conspiração - disse Tarso Genro. O boletim da campanha de Lula diz mesmo com a última pesquisa Datafolha mostrando que Lula venceria com 56% dos votos válidos, não se deve cantar vitória antes do tempo porque faltam 18 dias para as eleições e "a direita já mostrou que não brinca em serviço". A nota prossegue, dando como exemplo da ação da direita a decisão da Revista Veja de colocar o tucano Geraldo Alckmin na capa da última edição e espalhar outdoors com esta capa por cidades brasileiras. "Reproduções gigantes da fotografia de Alckmin, numa propaganda eleitoral tão descarada, que o Tribunal Superior Eleitoral atendeu ao pedido da coligação "A força do povo" e mandou a editora remover os cartazes da rua", acrescenta o boletim. Também há citação sobre a cobertura que classificaram de tendenciosa do jornal O Estado de São Paulo, que em editorial disse que Alckmin teria vencido o debate entre os candidatos a presidente, realizado pela TV Bandeirantes, no dia 8 de outubro. "O Estadão é tão descarado, que chegou ao ponto de citar o debate realizado pela Globo, no segundo turno de 1989, como suposta demonstração de que Lula seria "despreparado para o debate político em público", diz o boletim, acrescentando que o Estadão comete ato falho ao lembrar as semelhanças entre o Fernando Collor de 1989 e o Alckmin de 2006. "Entre as semelhanças, estão a hipocrisia e o moralismo de ocasião."

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