Terça-feira, 25 de julho de 2017 - 22h06
247 – Em vários de seus pronunciamentos recentes, a presidente legítima Dilma Rousseff, deposta pelo golpe parlamentar de 2016, tem repetido que a história tem sido implacável com os golpistas.
Ela tem razão. Pesquisa Ipsos divulgada nesta terça-feira revelou que os três personagens principais da conspiração que a derrubou são também os três políticos mais rejeitados do Brasil.
Quem lidera a lista é Michel Temer, formalmente denunciado por corrupção e rejeitado por 94% da população. O segundo é o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acolheu o pedido de impeachment sem crime de responsabilidade e está condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, com 93%. Em terceiro lugar, aparece o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe e é rejeitado por 90%.
"Identificamos que os efeitos da crise política e da delação premiada de Joesley Batista ainda se mantêm. Esse quadro tende a se manter nos próximos meses com a pauta do aumento de impostos", comenta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil. Ou seja: os números de Temer podem piorar ainda mais, depois do tarifaço na gasolina.
A pesquisa também mediu a popularidade de 33 nomes listados entre políticos e personalidades públicas. Os mais populares são o juiz Sérgio Moro (64%), o apresentador Luciano Huck (45%), o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (44%), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (29%), a presidente do STF, Cármen Lúcia (28%), e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot (24%).
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