VALVERDE: Lei da Anistia beneficiará mais de 200 mil imigrantes

O Coordenador da Bancada de Rondônia, Deputado Eduardo Valverde (PT) elogiou no Plenário da Câmara, a sanção pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  da Lei da Anistia que vai tirar da irregularidade cerca de 200 mil pessoas. Com a sanção os imigrantes em situação irregular e sem antecedentes criminais estabelecidos no Brasil antes de 1º de fevereiro, poderão fixar residência legalmente no País e tirar documento de identificação de estrangeiros, com facilidades e isenção de várias taxas.

Segundo o parlamentar a lei da anistia é uma evidência de que os estrangeiros, diferentemente de outras Nações, não são um problema para o Brasil. Para se ter uma idéia do contraste com outros países, Valverde citou o exemplo do Parlamento Europeu que em 2008 aprovou uma lei estabelecendo pena de até 18 meses de detenção para quem fosse pego residindo ilegalmente na União Européia. Além da criminalização os “ilegais” condenados são deportados e ficam proibidos de retornar a qualquer um dos países do bloco por um período de cinco anos.  “A xenofobia é inadmissível em um mundo globalizado. Não se pode colocar no mesmo patamar os imigrantes como contrabandistas e traficantes”, disse.

Valverde reforçou também a hospitalidade mundialmente conhecida dos brasileiros e que essa atitude trará benefícios econômicos ao País. A exemplo do que aconteceu no centenário da imigração japonesa, no ano passado, ocasião em que o Japão aumentou em mais de dez vezes os investimentos no Brasil. O maior número de japoneses fora do Japão está no Brasil. Hoje muitas obras públicas são financiadas pelo Japão.

A Suécia também é uma grande parceira do Brasil, sendo favorável a abertura das  barreiras agrícolas aos produtos brasileiros e ao etanol. Isso porque o maior parque industrial da Suécia está no estado de São Paulo.

“Não se pode confundir quem vem ao Brasil em busca de emprego e melhorias, tal qual os brasileiros buscam em outros países, como criminosos.  A anistia é uma via de mão dupla, em que os imigrantes são reconhecidos, mas o Brasil também é beneficiado.  “Isto porque, sendo um mercado agregador, receberá investimentos externos”, concluiu Valverde.

Fonte: Leila Denise