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Política - Nacional

Vedoin contou à Justiça ter pago R$ 12 milhões em propina


Agência O Globo BRASÍLIA - O mapa da corrupção no Congresso, em prefeituras e empresas montado a partir do depoimento à Justiça Federal de Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos chefes do grupo investigado pela CPI dos Sanguessugas, revela que ele e seus sócios na empresa Planam acertaram o pagamento de R$ 12,8 milhões de comissões e propinas. É dinheiro destinado a parlamentares e prefeitos envolvidos no esquema de vendas superfaturadas de ambulâncias e equipamentos hospitalares nos últimos seis anos. Com esses recursos seria possível comprar mais 213 ambulâncias para os municípios, considerando o valor pago de R$ 60 mil por veículo pelo Ministério da Saúde. Desses R$ 12,8 milhões, Vedoin já declarou ter desembolsado cerca de R$ 5,3 milhões em dinheiro ou presentes, sendo R$ 4,3 milhões para deputados e senadores; e R$ 1 milhão para prefeitos. O valor pago pela família Vedoin, entretanto, pode ter sido muito maior. Em seu depoimento, o empresário dono da Planam, empresa que fornecia as ambulâncias que foram superfaturadas, relata casos em que fez o acordo, mas não se lembra do valor efetivamente pago de comissão ao parlamentar ou a seus assessores. Em outros, ele diz ter pago mais do que ficou acertado previamente. Normalmente, segundo ele, um percentual correspondente ao valor das emendas. Há situações, por exemplo, em que o chefe da quadrilha fazia antecipações, com a promessa de apresentação futura de novas emendas, o que às vezes não ocorria. Pouco mais de R$ 1 milhão, segundo Vedoin, foi entregue aos suspeitos em dinheiro vivo. E a maioria das operações, conta ele, foi feita nos gabinetes do Congresso. Nesta contabilidade, entram os acordos de comissão - cujos percentuais variavam entre 10%, 12% e 15% do valor das emendas - fechados com cerca de 15% do atual Congresso, e pelo menos duas dezenas de ex-deputados. Mesmo tendo provocado um prejuízo aos cofres públicos, Vedoin tem dito a seus advogados que também se sente lesado em relação aos adiantamentos feitos a parlamentares que não cumpriram a promessa de apresentar as emendas nos valores combinados. Segundo um de seus interlocutores, Vedoin quer receber de volta todo o dinheiro que adiantou aos parlamentares. As empresas da família, dizem seus defensores, estão em dificuldades desde antes do estouro do escândalo e têm dívidas com a Receita Federal. Eles trabalhavam, segundo os advogados, com uma margem mínima de lucro, porque a propina era muito alta.

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