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Política - Nacional

'Voto distrital resgata o poder de escolha do eleitor', diz Moreira


Hilda Badenes - Agência O Globo RIO -O deputado e sociólogo Moreira Franco sugeriu o voto distrital puro como base para a reforma política - que deve entrar em pauta no Congresso ano que vem. Moreira alertou para a "promiscuidade" do atual sistema, explicou as vantagens do novo modelo - que é praticado na França e na Inglaterra - e chamou a atenção para a necessidade de mudança: - A capacidade de decisão do eleitor, no atual sistema, é diminuída. Não é hoje ele quem resolve. O Congresso hoje não reflete o pensamento, a vontade e os costumes dos eleitores. E sim das lideranças partidárias, são eles que escolhem. Este sistema está completamente depravado, a promiscuidade campeia. O voto distrital resgata o poder do eleitor de escolher em quem vai votar - diz o deputado, que enumerou ainda outras vantagens do sistema: - Permite que o eleitor faça campanha contra quem ele não quer que seja eleito, porque é voto majoritário. O candidato fica mais próximo, vinculado ao eleitorado, que vai poder acompanhar passo a passo o desempenho do seu mandato. Como a eleição é majoritária, o eleitor dificilmente esquece o nome do parlamentar que elegeu como acontece hoje em dia. Fora isso, o custo da campanha é infinitamente menor do que o atual. Hoje, o candidato faz campanha no estado inteiro. Eleição mais barata significa menos caixa dois. Indagado se candidatos de expressão nacional, mas sem redutos eleitorais, não saíram prejudicados na disputa, o deputado protestou: - O que o país precisa não é candidato de vinculação nacional. Tem que ter vinculação com o eleitor. E não esse sistema elitista. Falta hoje representatividade com o eleitor. Moreira Franco se mostrou contra a proposta de voto distrital misto, com voto em lista fechada para candidatos proporcionais, conforme sugere o jurista Luís Roberto Barroso, do Instituto Idéias. E alertou para o fortalecimento das chamadas "oligarquias partidárias". - No Brasil de hoje, os comandos dos atuais partidos têm autoridade moral para fazer lista? O voto em lista é a cassação do direito do eleitor de escolher seu parlamentar. O andamento da reforma política, diz o deputado, vai depender do engajamento do próximo presidente da República. - Lamentavelmente, o Congresso vive uma crise de tal dimensão que não vai ter autoridade para ele próprio promover essa reforma. A reforma política é decorrente do engajamento do presidente. Se não tiver proposta do presidente para encaminhar e liderar a reforma, ela não sairá - alertou

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