Terça-feira, 6 de setembro de 2016 - 17h40
O primeiro dia da greve nacional dos bancários começou em Rondônia com
92 das 130 agências, de bancos públicos e privados, fechadas em todo o
Estado, o que representa um índice de 70% de adesão. Este é um número
considerado positivo pelos dirigentes do Sindicato dos Bancários de
Rondônia (SEEB-RO), por se tratar de um primeiro dia de paralisação
que cai exatamente às vésperas do feriado de 7 de Setembro.
Em Porto Velho a adesão foi ainda maior, com quase todas as agências
fechadas, e em todo o Estado o número de bancários que atendeu ao
chamado da greve é muito superior ao primeiro dia de greve de 2015,
com várias concentrações de trabalhadores em frente às agências,
departamentos ou em locais estratégicos, como a Praça Getúlio Vargas
no Centro da capital.
A greve nacional dos bancários é uma resposta dos trabalhadores para
forçar os bancos a apresentarem uma nova proposta que contemple as
reivindicações econômicas (que incluem aumento real de salário) e
sociais, entre elas preservação do emprego e da saúde, combate às
metas abusivas e ao assédio moral, mais segurança e igualdade de
oportunidades.
A pauta de reivindicações, aprovada pela 18ª Conferência Nacional dos
Bancários realizada em São Paulo entre 29 e 31 de julho, foi entregue
à Fenaban no dia 9 de agosto, e desde então aconteceram cinco mesas de
negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional
dos Bancos (Fenaban) quando, no dia 29 de agosto, os bancos disseram
'não' para todas as reivindicações sociais e, nas cláusulas
econômicas, ofereceram o provocativo índice de meros 6,5% de reajuste
(2,80% a menos que a inflação do período) e abono de R$ 3.000 que é
pago apenas uma vez e não incide nas férias, 13º salário, FGTS, vales,
auxílios e previdência.
Por isso os bancários em todo o país, por meio de assembleias gerais
realizadas na última quinta-feira, 1º de setembro, rejeitaram a
proposta apresentada pela Fenaban e decidiram cruzar os braços, por
tempo indeterminado, a partir desta terça-feira, 6/9.
"Novamente os bancos preferiram empurrar os trabalhadores para a
greve, mesmo representando o segmento que mais lucra na economia
nacional, com lucros exorbitantes e que garantiriam facilmente as
nossas reivindicações. Por isso tivemos que vir para a frente das
agências e vamos intensificar essa mobilização até que os banqueiros
voltem atrás e surjam com uma proposta salarial mais decente e que
valorize os trabalhadores atendendo as demais cláusulas sociais",
avaliou José Pinheiro, presidente do Sindicato.
Fonte: SEEB-RO
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