Segunda-feira, 28 de maio de 2018 - 15h23
Toda descoberta ou registro de abrigo de morcegos identificado na área urbana ou rural deve ser comunicado as Unidades Vigilância das Zoonoses ou Departamento de Vigilância em Saúde dos municípios, para as providências de cadastro de abrigos, capturas e envio de amostras para análise laboratorial, visando monitorar a circulação do vírus rábico, segundo orientação da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), que desde 2004 monitora e controla, em conjunto com os órgãos de vigilância municipal as ocorrências de agressões por morcegos a humanos.
Segundo o veterinário Antonio Salviano, coordenador de Vigilância e Controle dos Quirópteros (morcegos) da Agevisa, em todas os casos de ocorrência, principalmente em âmbito urbano, as pessoas não devem, em hipótese alguma, manipular esses animais, e ao contrário, devem acionar os serviços de controle de zoonoses ou de vigilância em saúde, para adoção das providências de manejo competentes e seguras.
Acostumado ao trabalho de captura, manejo e técnica de controle, o veterinário fez um alerta a todas as pessoas, revelando os riscos envolvidos com a manipulação desses animais. Segundo ele, um animal fora de seu hábito (tem atividade noturna), voando durante o dia, debilitado, voando pela casa, ou caído sobre o sofá ou em qualquer ambiente, exige imediata notificação dos serviços de controle e saúde para captura e exame.
Salviano destacou que ao encontrar um morcego caído ou debilitado vagando pela casa, as pessoas devem isolá-lo colocando uma caixa sobre ele, e imediatamente notificar os serviços de saúde para que seus técnicos adotem as medidas cabíveis e realizem os exames necessários para identificar se o animal está infectado pela raiva. Mesmo assim, é sempre bom lembrar que a salubridade, a sanidade e o controle de pragas e animais no ambiente residencial é de responsabilidade do proprietário.
As pessoas envolvidas em evento desta natureza devem ficar atentas às providências e medidas orientadoras das autoridades da saúde, para colaborarem com os procedimentos. E assim, feito o exame e constatado o resultado positivo para raiva, toda a área adjacente será bloqueada, e determinada a vacinação de todos os animais domésticos para evitar a proliferação da doença.
Não é demais lembrar que a raiva mata se não houver tratamento adequado e à tempo, que consiste na prescrição de soro específico para o vírus, e nada menos 5 (cinco) doses de vacina, que devem ser ministrados à pessoa infectada.
O veterinário da Agevisa explicou que atualmente a média de agressão por morcegos em Rondônia é de 53 casos anuais notificados, sempre praticados pelo animal em sua própria defesa, revelando, portanto, que ele só atacou porque foi provocado. Segundo Salviano, este é um dado importante que confirma o efeito positivo das orientações dos serviços de saúde, eis que em 2005 foram constatados 232 agressões, devidamente notificadas, registrando a partir daí uma queda gradativa das ocorrências.
Sempre ressaltando o perigo da doença, o veterinário da Agevisa chamou a atenção das pessoas para a necessidade de eliminar focos, principalmente nas residência. Segundo ele, a área de forro das residências é um habitat importante para a proliferação desses animais, eis que é escuro e ali estão protegidos de todo predador.
Constatada a ocupação dessa área residencial, segundo sua explicação, o risco está no mau cheiro (amônia) liberado por esses animais, e principalmente na fuligem (pó) que cai do teto (forro) naqueles pontos onde eles se juntos para se socializarem, contaminando os objetos e as pessoas, provocando doenças como histoplasmose criptococose.
Importa esclarecer que tanto uma como a outra doença são enfermidades que ensejam diagnóstico de tratamento adequado para evitar sua evolução e coisa pior. A histoplasmose é a infecção que se dá pela via respiratória, decorrente da inalação da fuligem (pó) que cai do teto, provocando severos danos pulmonares com graves problemas respiratórios. Já a criptococose é uma micose causada pelo fungo presente na fuligem que podem afetar a pele, próstata, olhos, urina e o sangue.
INFORME-SE
De acordo com estudos divulgados em diversas publicações científicas, a raiva tem sintomas tão assustadores porque mata de forma diferente da maioria das doenças neurológicas, que costumam destruir os neurônios. O lyssavirus (que vem do grego lykos: lobo) atinge os neurotransmissores, a comunicação do sistema nervoso.
A partir daí, depois da contaminação, caminha cerca de 1 centímetro por dia da ferida em direção ao cérebro, e lá, por meio de um mecanismo chamado excitotoxicidade, faz com que as células nervosas gastem toda a sua energia e morram de exaustão. Aos poucos, as funções automáticas param de funcionar, e a morte acontece por parada cardíaca ou respiratória. Uma história de terror das piores. Por isso, todo cuidado é plenamente justificável.
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