Quinta-feira, 22 de maio de 2008 - 20h37
Dados da Marinha apontam que cerca de 2,8 milhões de pessoas utilizam algum meio de transporte aquático para viagens intermunicipais e travessias entre comunidades mensalmente na região amazônica.
Neste feriado, a Agência Rio Amazonas estima que a venda de passagens de barco no porto central da cidade de Manaus deve aumentar cerca de 30%.
Outra opção de transporte sobre os rios no Amazonas são as balsas administradas pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do estado (SNPH). Elas estão localizadas no porto de São Raimundo, zona Oeste de Manaus, e como as lanchas do porto central também realizam a travessia para o município de Iranduba (a 22 quilômetros de Manaus).
Diferentemente das lanchas, as balsas de São Raimundo - como são conhecidas - são capazes de levar não só os pedestres, mas também motos, carros, caminhões e ônibus numa só viagem, que dura cerca de 30 minutos. Segundo o diretor executivo da SNPH, major Marcos Frota, a procura pelas balsas deve crescer significativamente nos próximos dias.
"Nos dias de semana, operamos com seis balsas. Já nos feriados, como a procura pode até triplicar, temos que contratar mais outras duas balsas."
Frota acrescenta ainda que diariamente 750 carros fazem as viagens entre às 4h30 e às 23h. Nos feriados, quando as balsas funcionam 24 horas por dia, esse número pode chegar a 6 mil carros. Pelas normas estabelecidas, cada carro paga R$ 30 para realizar as viagens de ida e volta. No caso das motos, o valor é de apenas R$ 10. Pedestres estão isentos da taxa.
O diretor executivo da SNPH garante que a segurança está sempre entre os quesitos avaliados. Ele afirma que durante os feriados o plano de segurança inclui a participação conjunta do trabalho da SNPH, Capitania dos Portos, Polícia Militar e Bombeiros nos dois portos e nas balsas. "Nosso carro-chefe é a segurança para todos", enfatiza.
Com o feriado, a Marinha informou por meio da assessoria de imprensa que "será mantida uma embarcação permanentemente na água e outras duas de sobreaviso, na área de Manaus, todas com equipes de quatro homens". A assessoria ressaltou que a fiscalização do tráfego aquaviário é realizado pela capitania durante 24 horas.
Ainda de acordo com a Marinha, em caso de necessidade, os militares que estiverem de folga podem ser convocados a retornar ao serviço imediatamente. As demais organizações subordinadas à Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (Delegacia Fluvial de Porto Velho e Agências Fluviais de Itacoatiara, Parintins, Guajará-Mirim, Eirunepé, Tefé e Boca do Acre) também manterão uma embarcação na água para qualquer eventualidade.
Apesar do controle e dos serviços de segurança que são feito no porto central de Manaus e no porto de São Raimundo, a cidade oferece ainda diversos outros pontos de partida para pequenas lanchas e até grandes barcos. Nesses lugares nem sempre há postos de fiscalização da Marinha.
Amanda Mota
Agência Brasil
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