Quinta-feira, 15 de maio de 2008 - 22h36
Para o deputado federal Ernandes Amorim (PTB) o governo federal precisa empreender ações emergenciais para conter a distensão em marcha, nas terras indígenas na Amazônia especialmente em Roraima e Rondônia -, com um choque de gestão na Fundação Nacional do Índio (Funai), e dar ouvidos ao Comando do Exército na região.
Esses argumentos o parlamentar usou, na tribuna da Câmara, para reforçar o pedido de convocação do general de Exercito Augusto Heleno, comandante Militar da Amazônia, para discutir questões indígenas, de proteção de terras em áreas de fronteiras, e presença de focos de guerrilha, na Comissão de Agricultura. O pedido foi feito reforçado por Amorim, essa semana, ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, após ameaças de setores do governo em punir como remanejamento burocrático o general após declarações contrárias a condução da política indígena do país.
Todas as decisões da Funai são equivocadas e nada racionais, de acordo com Amorim, e cita como exemplo a transferência da coordenação do órgão em Porto Velho para Ji-Paraná, prejudicando o atendimento aos povos indígenas Karitiana, Karipura e Tenhari, e. mais de 70 servidores e o abandono do Posto do Alto Jamarí .
Em Rondônia há conflitos na reserva Roosevelt, dos Cinta Larga, problemas de demarcação nos Uru-Eu-Wau-Wau, onde índios, segundo Amorim, estão desamparados, sem assistência e as terras sendo objeto de pilhagem de seu material genético e contrabando das riquezas extrativistas.
"O general Heleno, com o seu destemor e elevado espírito de brasilidade e nacionalismo, deu a sociedade brasileira, um alerta do que está ocorrendo na região mais cobiçada do planeta. A questão das terras indígenas no Brasil, assume dimensões que transcende até mesmo a nossa soberania como Nação, sobre as reservas e territórios indígenas em áreas de fronteiras com diversos países, e que é constitucionalmente atribuições das Forças Armadas", afirma Amorim.
Ainda segundo ele, há outros pontos a destacar em favor das posições do general: a existência comprovada de minérios nas terras indígenas, alguns estratégicos para uso nuclear, e de vital importância para as indústrias espacial, bélica e de informática, que vem sendo mapeados inclusive por Ong's internacionais, fatos de amplo conhecimento, e de acordo com Amorim, objetos de relatórios das Forças Armadas e da Agencia Brasileira de Inteligência.
"Na visão global do general Heleno, existem outros aspectos setoriais e políticas de Governo para a região amazônica, pois a Amazônia, não comporta apenas interesses indígenas, pois com a conclusão da chamada Rodovia Transoceânica, que ligará o Estado do Acre a portos do vizinho Peru, no Oceano Pacifico, dará acesso a Amazônia Brasileira aos interesses de países como China, Índia e Japão, relativos aos nossos produtos da biodiversidade tropical, madeira e minérios. Por isso precisamos discutir a questão e reforçar controle e a presença do Exército na região", defende Amorim.
Fonte: Yodon Guedes
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