Terça-feira, 26 de abril de 2022 - 14h57
O
presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos), comandou
audiência pública na tarde desta segunda-feira (25), para debater assuntos
relacionados à atuação de determinadas técnicas, especificamente a
Ozonioterapia, a ser utilizada em terapias pelos profissionais terapeutas do
estado. Participaram das discussões Adeilde Marques, presidente da
Federação Nacional dos Terapeutas (Fenate), o diretor geral da Agência Estadual
de Vigilância em Saúde (Agevisa), Gilvander Gregório, a mestra em Maria do
Socorro da Silva, assessora da presidência da Casa, a enfermeira Ana Paula
Guedes Brandão, representando a Sesau, participaram da solenidade, que contou
com debates presenciais e também com intervenções por videoconferência.
Os
vereadores de Monte Negro, Thonatan Libarde (PSDB) e Denivaldo (MDB) também
prestigiaram a audiência pública. Estima-se que em Rondônia existam cerca de
dois mil terapeutas. Durante a audiência, foi debatido processo para a inclusão
na Lei Orgânica do Estado a atuação do profissional terapeuta, em suas
especialidades. "É uma forma de fortalecer a atuação do profissional
terapeuta, dando mais respeitabilidade e compreensão sobre a importância que
essa profissão deve ter, perante à sociedade", observou o deputado.
"É salutar evoluir, dentro dos parâmetros legais, pois quem ganha com isso
é a sociedade. É importante ouvirmos e entendermos essa importante decisão que
a Casa de Leis irá tomar em relação ao tema", destacou Gregório. Ele disse
que precisa de uma definição federal, para a amparar a atuação da Agevisa.
"Compete à regulamentação por parte do órgão federal, que deve definir e
delimitar a atuação de cada profissão, para que possamos atuar na fiscalização
e orientação".
Ana
Paula Guedes disse que uma portaria incluiu, em 2018, a técnica no país, que
traz benefícios à população. "Fiz cursos na área e acabei me apaixonando e
é interessante que possamos fazer essa audiência, esse movimento, esclarecendo
o que tem de importância para a população. Por videoconferência, terapeutas de
diversas regiões do país deram depoimento, defendendo a regulamentação da
atuação do terapeuta.
Histórico
A
presidente da Fenate apresentou um breve histórico sobre a atuação dos
terapeutas no país. "Somos mais de 600 mil terapeutas no Brasil. Eu fundei
a Federação Nacional dos Terapeutas Florais e isso serviu de embrião para
definir uma legislação para a regulamentação da profissão, abraçando todas as
especialidades das terapias reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde
(OMS)", disse Adeilde. Ela mostrou um resumo das ações que foram feitas
até chegar ao patamar atual, de 29 terapias reconhecidas pelo Ministério da
Saúde. "A gente precisa da regulamentação, temos um na Câmara e outro no
Senado, que tratam da questão. Contamos com o apoio do presidente Redano e
dessa Casa, para a inclusão na Lei Orgânica Estadual. Que saia uma
solução", observou Adeilde. Segundo ela, "só queremos de forma livre
e legal, exercermos a nossa profissão. Alguns estados já estão fazendo isso e
acredito que Rondônia pode se juntar nesse movimento. Muito obrigado a
todos".
Ozonioterapia
Foi
debatido ainda a utilização da ozonioterapia, que é o uso de gás de forma
medicinal. "Tem que ser bem estruturada essa atividade, capacitando os
profissionais. A medicina está proibida de praticar a técnica, mas temos
expectativa de avanços", disse a médica Katiane Brandão. "Poderia
ocorrer uma delimitação de atuação, até onde o terapeuta poderia atuar, definindo
uma regulamentação clara, por parte da Anvisa", completou Adeilde.
Ao
final, o presidente anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar
medidas que possam contribuir para a regulamentação. "As terapias estão a
cada dia ganhando mais adeptos, chamando a atenção e as pessoas elogiam os
resultados. Um grupo técnico seria muito importante, para contribuir de forma
efetiva sobre o tema. Cabe ao Senado Federal a tarefa de definir a
regulamentação profissional".
As 29 terapias
O
Sistema Único de Saúde (SUS) reconhece 29 terapias, através da Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICS), sendo elas: a
acupuntura, antroposofia, apiterapia, aromaterapia, arteterapia, ayurveda,
biodança, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, dança circular,
fitoterapia, geoterapia, hipnoterapia, homeopatia, imposição de mãos,
meditação, musicoterapia, naturoterapia, osteopatia, ozonioterapia,
quiropraxia, reflexologia, reiki, shantala, terapia de florais, terapia
comunitária integrativa, termalismo e yogaatenção!
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