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Política

Bancários de Rondônia não se curvam diante da tentativa de desvaloriza


  Coação de gerente regional, tentativas de arrancar cartazes, ameaças
de descomissionamento e de demissões e até mesmo uma manobra da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB-RO) que tenta pressionar os grevistas a
atenderem advogados, além de uma boataria que começa a se espalhar nas
redes sociais e em grupos de WhatsApp. Nada disso está sendo capaz de
intimidar os trabalhadores que, nesta quinta-feira, chegaram ao 24º
dia de braços cruzados em Rondônia, confirmando 115 das 130 agências
existentes no Estado, fechadas.

Fortalecer a greve: Essa é a prioridade dos grevistas após os dois
dias (27 e 28) que se seguiram na negociação em que a Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou a desrespeitar a categoria com a
oferta de um acordo que teria validade de dois anos, mas que já neste
ano representaria uma gigantesca perda para os bancários.

A insistente proposta de reajuste de 7% nos salários, vales e
auxílios, aliada a um abono que aumentou de R$ 3.300,00 para R$
3.500,00, confirma que realmente existe uma nefasta política dos
bancos em rebaixar os salários e trazer perdas para o agora e para o
futuro dos bancários. Isso sem mencionar que os banqueiros sequer
discutem, nas mesas de negociação, outros pontos importantes da pauta
de reivindicações dos trabalhadores, que são garantia e proteção ao
emprego, mais contratações, saúde, condições de trabalho, fim do
assédio moral e das metas abusivas e igualdade de oportunidades.

O Comando Nacional (integrado pela Contraf-CUT, Federações e
Sindicatos) rejeitou a proposta na própria mesa de negociação.

"Os bancos perderam uma grande chance de acabar com esta longa greve
que já se arrasta por mais de 20 dias e só causa transtornos para a
população. Era uma oportunidade deles, enfim, garantirem índices
justos aos trabalhadores, mas novamente ficou comprovado que o que
querem é apenas lucrar mais e mais, e desvalorizar aqueles que são os
responsáveis por estes lucros, os seus funcionários. Portanto, não há
outra alternativa a não ser fortalecer ainda mais a greve, para
mostrar a estes banqueiros que com a união, com a força do
trabalhador, não se joga, não se brinca", avaliou Euryale Brasil,
secretário geral do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo
Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

Na próxima segunda-feira, 3/10, o Sindicato realiza assembleia com os
trabalhadores para definir os rumos da greve no Estado. Até lá a greve
continua por tempo indeterminado.

FONTE: RONDINELI GONZALEZ - SEEB/RO

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