Segunda-feira, 14 de abril de 2008 - 15h34
Vou buscar justiça!, afirmou Cassol durante entrevista em emissoras de TV da capital
Nesta segunda-feira (14) o governador Ivo Cassol esteve em três emissoras de televisão da capital, Allamanda, TV Rondônia e Candelária, onde concedeu entrevistas ao vivo para esclarecer detalhes da Operação Titanic, que ocasionou nas prisões do filho, Ivo Júnior Cassol, e do sobrinho Alessadro Cassol Zabott, liberados na última sexta-feira no Estado do Espírito Santo. Os dois foram acusados de tráfico de influência para beneficiar a Importadora e Exportadora TAG em um esquema de subfaturamento de carros importados de luxo.
Num desabafo, Cassol disse que vai buscar justiça, uma vez que o filho foi preso por uma probabilidade de envolvimento segundo denúncia do Ministério Público Federal, ou seja, sem prova nenhuma. Se meu filho tivesse cometido algum erro teria que arcar com as conseqüências da justiça como qualquer cidadão brasileiro, mas meu filho não tinha qualquer envolvimento ilícito com os donos desta empresa. Se houve erro foi da Receita Federal que liberou carros importados com valores bem abaixo do mercado no Brasil. Meu filho só errou por ser filho do Governador de Rondônia.
Cassol explicou que a empresa TAG se instalou no estado com os incentivos fiscais legais que o Governo de Rondônia tem oferecido às demais empresas, que estão ou querem se instalar no estado com até 85% de desconto no ICMS. Disse ainda que Rondônia tem outras onze empresas do porte da TAG que obtiveram incentivos fiscais. Esses incentivos são a única maneira de atrair investidores para o estado. Se não fossem esses benefícios Rondônia estaria quebrado. A realidade é que aqui tudo é proibido. Estados como o Distrito Federal, São Paulo e Rio de janeiro dão esses incentivos fiscais e o Ministério Público não fala nada, mas o que eles queriam era me atingir. Sabe porque? Porque ninguém dá chute em cachorro morto, vou continuar trabalhando, lutando e brigando pelo interesse do povo de Rondônia. Podem até me prender, mas não vou parar de trabalhar, desabafou Cassol.
Os incentivos são concedidos como forma de atrair empresas e criar empregos em Rondônia. Não vamos parar, a guerra fiscal existe e todos os estados brigam para atrair investidores, afirmou o governador nas entrevistas.
Matérias veiculadas
Essas notícias que foram divulgadas na imprensa nacional foram como uma bomba para a família. Tudo isso deixa a gente chateado, mas o que nós dá força é a compreensão do povo de Rondônia pela solidariedade desde o primeiro dia da prisão do meu filho, disse. Quanto ao tráfico de influência, Cassol foi enfático em dizer que, apesar de ser Governador de Rondônia, nunca, nem ele e muito menos seu filho, se prevaleceu do cargo para qualquer situação. Eu estava de férias em janeiro e me reuni com os diretores da Votorantim no Rio de Janeiro também. Eu atendo empresários todos os dias, em todos os lugares, e não vou mudar meu estilo de governar, finalizou.
Fonte: Decom
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