Sexta-feira, 25 de janeiro de 2008 - 21h25
O governador Ivo Cassol reagiu com indignação e considerou equivocadas as informações divulgadas na mídia nacional de que Rondônia ocupa o terceiro lugar no ranking de desmatamentos no país. Essas informações foram repassadas ao Ministério do Meio Ambiente, através do Ibama de Rondônia, após uma operação no estado que contou com o apoio de monitoramento via satélite. De acordo com esse monitoramento, quatro municípios do estado são os que mais apresentam áreas desmatadas. Além da capital estão inclusos os municípios de Machadinho D´Oeste, Nova Mamoré e Pimenta Bueno.
De acordo com as reportagens a ministra Marina Silva disse que por conta disso, houve um crescimento da agropecuária e da agricultura em Rondônia. “Boa parte das declarações da ministra não é verdadeira. A ministra não conhece o estado pra dizer que a agropecuária e agricultura cresceram, pelo contrário, o crescimento desses setores é o mesmo de dois anos atrás. Se formos fazer uma comparação com os anos anteriores, desde quando assumimos o governo do estado, o desmatamento diminuiu em mais de 50%. O que não vamos aceitar é que sejamos cobaias do sistema. Existe desmatamento? Existe, mas acontece em áreas que é do governo federal e a responsabilidade é do Incra”, desabafa.
O governador prometeu divulgar os dados que estão sendo colhidos pelos fiscais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sedam) sobre o desmatamento no estado para fazer uma comparação com os dados que o Ibama enviou ao Ministério do Meio Ambiente, afim de mostrar a versão estadual dos fatos. “O Ibama, os técnicos e fiscais querem mostrar serviço e ficam divulgando dados mentirosos. No mês de novembro e dezembro de 2007 foi realizada uma operação conjunta na região de União Bandeirantes e Jacinópolis que envolveu o exército, Ibama, Polícia Federal, Polícia Ambiental e Sedam. Colocamos nossos fiscais à disposição, só que nossos fiscais da Sedam se retiraram da operação porque o pessoal do Ibama estava realizando auto de infração sem nenhum critério. Portanto o Ibama não tem moral para dizer que o estado não deu suporte para coibir o desmatamento. Eu quero saber porquê, só agora, o órgão diz que o estado não deu suporte nesse sentido? Eles querem é ganhar prestígio às nossas custas e voltar com a farra do passado quando praticavam várias irregularidades, como a liberação ilegal de guias”, acrescentou Cassol.
Questionado sobre a declaração da ministra Marina Silva de que o estado de Rondônia é quem atrapalha as ações para evitar o desmatamento. “Em 2004 foi entregue a ministra um projeto para a aquisição de veículos para serem usados nessa fiscalização e o governo federal não nos enviou ao menos uma carroça pra auxiliar na fiscalização. Pra mostrar que estamos sendo vítima, na reunião emergencial convocada pelo presidente Lula, houve uma contradição entre o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes e a ministra Marina Silva, Reinhold Stephanes afirmou que não houve desmatamento em Rondônia, e sim, redução dessas ações no estado”, completou.
Quanto à operação, o governador disse que a Sedam recebeu a notificação em cima da hora, ou seja, um dia antes da ação, o que impossibilitou a viabilização das diárias.
Cassol disse ainda que se as ações dos fiscais da Sedam não correspondem com a legislação, que o Ibama aponte essas irregularidades, e que as providências serão tomadas. No programa a Hora do Povo veiculado pela Rádio Rondônia, o governador Ivo Cassol reiterou a sua declaração.
Fonte: Decom
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