Terça-feira, 23 de outubro de 2007 - 07h05
Filho de uma família de pioneiros em Rondônia, o governador Ivo Cassol (sem partido), 48 anos, resume em sua trajetória a saga da colonização do Estado, expõe as contradições do progresso provocadas pelas sensíveis questões ambientais e revela a origem de uma região que parece vocacionada para o agronegócio.
Dono de fazendas, madeireira e do maior grupo privado de geração energia elétrica do Norte do país, o catarinense Cassol garante que Rondônia está no "caminho certo" para consolidar-se como "Eldorado" do agronegócio. Morador da região de Rolim de Moura desde 1977, Cassol veio aos 18 anos para Rondônia em busca de oportunidades e, com a ajuda do pai e de cinco irmãos, fez da exploração das novas terras da família, ricas em mogno e cerejeira, o caminho para o sucesso empresarial que pavimentou sua carreira política.
"Gaúcho" que deu certo, Cassol tem hoje patrimônio declarado de R$ 20 milhões e, embalado pelo sonho de virar senador em 2010, traça um cenário favorável à produção local na próxima década. Ele prega a "radicalização" na industrialização da matéria-prima produzida no Estado. "Temos que crescer o setor de transformação, parar de exportar matéria-prima e agregar valor aqui", disse ao Valor.
Em seus planos, o governador quer elevar em 50% a produção de leite - hoje em 2,1 milhões de litros por dia -, incentivar o aproveitamento de derivados como o soro e aumentar o rebanho estadual a 18 milhões de cabeças de gado em cinco anos.
"A pecuária avança forte. E se os frigoríficos pagarem preços melhores, vamos ter gado confinado e uma escala de abate ainda melhor", prevê. Ele comemora a instalação de quatro novas plantas de abate de gado e diz que três laticínios começarão, em breve, a processar 600 mil litros de leite por dia. "Hoje, temos uma indústria de soro de leite e podemos ter mais três ou quatro. Vamos consolidar esse setor no Estado", afirma.
De jeito simples e direto, o que não raras vezes provoca polêmica, Cassol avisa que continuará a atrair as indústrias com incentivo fiscal. E diz que manterá a todo custo o diferencial de área livre de febre aftosa. "Aqui, fazemos o dever de casa. Se entrar gado de fora, não alisamos. Matamos mesmo", afirma o governador. Recentemente, houve suspeitas, não confirmadas, de ocorrência de um foco numa fazenda de Theobroma, na região central do Estado.
Alvo de críticas de ONGs ambientalistas em razão dos índices de desmatamento de Rondônia, Ivo Cassol afirma apostar no reflorestamento, mas rebate as acusações contra os madeireiros. "As derrubadas se dão em áreas da União. O Estado não tem como agir", informa. "Mas madeireiro não é bandido. Combatemos os maus empresários e fortalecemos os bons. Aliás, nunca se combateu tanto as derrubadas e as queimadas como agora". O Estado ainda tem, segundo ele, 70% das florestas em pé. "Os ambientalistas que tenham dignidade para preservar a Amazônia", ataca.
Pragmático, o governador diz que "ninguém quer botar a mão no bolso" para garantir o futuro da região amazônica. E sugere, não sem antes cutucar seus adversários de ONGs, algumas alternativas para a questão. "A sociedade tem que pagar. Fazer um fundo e compensar. É fácil exigir e achar que somos trouxas aqui na Amazônia. Não ganhei nada para preservar. Sou contra a hipocrisia", critica.
Fonte: Valor Econômico
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