Domingo, 6 de agosto de 2006 - 21h51
Vislumbro, nesta eleição, dois pelotões completamente diferentes: uns vãos ao front cheios de entusiasmo, com idéias novas, muita disposição de fazer a diferença, de mostrar que nem tudo está perdido. O outro grupo, cujos integrantes já estão no poder, terá de lidar com uma estratégia de combate muito mais ousada. Quem nunca esteve no poder, não tem a desvantagem que a rejeição representa na vida de um candidato. Vai ter apenas de mostrar sua biografia, suas propostas e provar que realmente pode torná-las possível de ser realizadas.
Quem já faz parte do poder, além das armas comuns, terá de mostrar o que fez ou, o que é muito mais difícil, justificar a razão de não de não tê-las feito. Eis aí o combate. De um lado os candidatos e seus entusiasmados cabos eleitorais. De outro lado, os eleitores, boa parte deles descrente por tudo o que viu e ouviu nestes últimos 12 meses.
Fanático por tecnologia da informação
Pense em um cara fanático por tecnologia da informação e multiplique isso pelo fator 20, adicione mais potenciação, expoente ou sei lá mais o que. Talvez com essa matemática você consiga vislumbrar o efeito que isso faz em minha vida. Sou apaixonado por tudo o que se relaciona à informação e por isso gostaria de sugerir à população: antes de votar, pesquise bastante os sites, os jornais e as informações contidas em rádios, TVS e até em mídias alternativas que você possa dispor antes de votar. Se alguma informação está incompleta no jornal, no site ou na emissora de rádio de sua preferência, há outras maneiras de você esclarecer a dúvida que tem em relação a essa ou aquela personalidade política. Tudo bem que muita gente diz que a corrupção está banalizada, que não há mais ninguém em quem se possa confiar. Mas convenhamos: será que entre os cidadãos não há sequer alguém com vontade e disposição de mudar? Se pensarmos assim, que não há mais jeito e se conformarmos com o atual estado das coisas, aí, sim, estaremos fadados a sermos uma nação de amargurados. Que tal a gente se unir e só votar em pessoas que realmente mostrem que estão motivadas e prontas para fazer a diferença? Eu, quando criança, aprendi que "o bravo luta, insiste e vence; o covarde, ao contrário, se acomoda, concorda e desiste".
Será que não é isso que algumas pessoas querem fazer? Concordar com tudo e e sepultar a esperança? Tem gente aí, desanimada, disposta a desistir de tudo. Amigo, vamos lá: vamos ter um pouco de ânimo. Eu sou apenas um humilde jornalista perdido em meio à multidão. Uma coisa, porém, posso dizer: estou com medo dessa apatia pela política. Temo que a falta de vontade em mudar vá desembocar na morte gradativa de nossas instituições.
Militância
Apesar desse medo, tenho esperança de uma reviravolta nas estratégias dos eleitores. Tenho esperança (adoro essa palavra) de que cruzar os braços e deixar o barco à deriva nesse mar de corrupção não vale a pena. Temos de eleger gente com pelo menos algum senso de ética, de coerência entre seus discursos e a sua prática de vida. Não vou citar candidatos porque sei que cada eleitor desta cidade, se realmente se empenhar, vai ter discernimento na hora de sua escolha. Você costuma ir ao supermercado e joga no carrinho qualquer produto sem ao menos ter o cuidado de ler o rótulo? Às vezes, instintivamente, fazemos isso, mas quando a embalagem do produto por si só revele o seu conteúdo. Mesmo assim, sempre é bom ter o cuidado pois não é de hoje que fabricantes desonestos tentam maquiar seus péssimos produtos com embalagens muito parecidas com aquelas dos bons produtos que você está acostumado a usar.
Nada de confundir pudim com pão e amendoim com macarrão. Tão certo como uma embalagem bonita não é garantia de um bom produto, o partido ou a coligação à qual o candidato esteja ligado também não lhe assegura um bom aval. Fique ligado!
Salada partidária
Muitos candidatos bons fazem parte de coligações que você dá uma olhada e diz: "Epa, não vou votar em sicrano, pois ele faz parte da mesma coligação do beltrano. Como o beltrano é isso ou aquilo, Deus me livre de votar no sicrano. Cuidado para não cometermos injustiças. Se o beltrano não merece um voto de confiança, isso não me impede de votar no sicrano que é uma pessoa sobre a qual não se tem notícia de mancha ou contaminação. Claro que o fato de alguém ser honesto hoje não é garantia de que também não vá se corromper no futuro. Ei, amigo, acorda. Você tem um instrumento na mão, seu VOTO. Se o candidato em quem você votou foi uma desonra em vez de honra, mande-o de volta para casa na próxima eleição. Se estivéssemos usando essa tática há três ou quatro eleições, eu duvido que teríamos tantas laranjas podres no laranjal. O mal político é se aproveita muito bem do voto nulo e o voto em branco. Imaginem só. Se os eleitores honestos não votam, eles fazem a festa. Para essa gente sem compromisso com o povo, quanto menos votos conscientes houver mais chances eles terão de se perpetuar no poder. Há certos políticos que não votar neles será uma benção até para eles mesmos e para suas famílias, pois assim, na próxima eleição, após quatro anos de reflexão, virão com muita disposição para consertar o que deu errado. Não estou dizendo que quem já esteja no poder não mereça o nosso voto. Longe de mim tal política de guerrilha. O que estou dizendo apenas é que quem não honrou seu mandato deve ter nova oportunidade, mas não agora. Vejam o exemplo do Alan Garcia, do Peru. Fez um governo desastroso, foi colocado de lado pelo povo e lançado ao esquecimento, mas agora voltou humilde e prometendo que desta vez não vai cometer os mesmos erros que teve nos arroubos de sua juventude. Então na hora de votar, não importa se sua escolha vá recair sobre quem inicia a carreira pela primeira vez ou em alguém que já esteja no poder.
Compare um candidato como quem compara preço
Quando vou ao supermercado, costumo levar sempre algum produto novo para compará-lo com o que já uso, desde que analisando o rótulo perceba que as propriedades ali descritas pareçam verdadeiras. Portanto, se te apresentarem um candidato novo e as informações relativas a ele lhe parecerem verdadeiras, não tenha medo de escolhê-lo. Se não prová-lo não saberá se o produto é bom ou ruim.
Em quem você votou em 2002?
Você se lembra em quem votou na eleição passada para deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República? Se sua resposta for sim: parabéns! Independentemente de ter errado ou acertado na escolha, você é um eleitor consciente. Ah, você não se lembra? Puxa, amigo, você não votou conscientemente. Você lançou a semente (seu voto) em campo estranho onde sequer saiba se germinou ou não, ou se essa semente foi devorada pelas aves de rapina. Aconselho-te a votar consciente desta vez. Espero que da próxima vez que alguém lhe perguntar em quem votou você possa responder afirmativamente, mesmo que, naturalmente, não haja a menor necessidade de revelar o seu "favorecido". Bom final de semana, amigos!
Fonte: Daniel Oliveira da Paixão é jornalista em Cacoal, RO
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