Segunda-feira, 25 de janeiro de 2021 - 14h01
O
deputado Adelino Follador (DEM) declarou, na sexta-feira (22), que concorda com
as medidas governamentais de enfrentamento e combate à disseminação da
Covid-19, mas defendeu uma ação rápida do Executivo Estadual para pôr fim aos
abusos registrados no serviço de transporte dentro do Estado que estão virando
caso de polícia.
Segundo o parlamentar, para se ter ideia desta situação crítica,
já foram registrados casos em que uma corrida de taxi de Ariquemes a Porto
Velho tem custo acima de R$ 1.220,00, segundo denúncias que lhe chegaram, visto
que, em atendimento às prescrições legais (Decreto nº 25.728) as empresas de
transporte intermunicipal estão proibidas de transladar passageiros para
aeroporto na Capital, obrigando aos que retornam de viagens a procurarem abrigo
em Porto Velho, impedidos que estão de seguirem viagem para suas casas no
Interior do Estado.
Ao chamar a atenção das autoridades de saúde do Estado, Follador
foi enfático ao explicar este fenômeno que obriga os passageiros a permanecerem
em Porto Velho e que está gerando outro problema de saúde. Segundo ele, o
Executivo deve adotar providências urgentes para conter as aglomerações de
passageiros nos hotéis da Capital e cidades do Interior, para atender suas
próprias medidas de combate a pandemia. “É uma situação crítica, pois quem
chega, não sai, por falta de transporte regular, e se obriga a ir para um hotel
ou pagar uma fortuna, muitas vezes maior que o valor de uma passagem aérea,
para ir de taxi para sua casa no Interior”, disse.
Adelino Follador disse que, por força do Decreto governamental,
muitos terminais rodoviários do Estado foram desativados, suspenderam suas
atividades, para atender as exigências sanitárias de interrupção dos serviços
de transporte para atender a necessidade do distanciamento social e não
aglomeração, situação que gerou ou outro problema para o cidadão usuário do
sistema de transporte. O deputado explicou que, com isso, o transporte por táxi
foi atingido em cheio, ante a exigência legal de diminuição do número de
passageiros por translado, que provocou um aumento de até 600% no preço do
serviço.
O deputado explicou também que, assim como o serviço de ônibus,
os serviços prestados pelas Vans também estão suspensos, e muitos passageiros
que tinham voos marcados perderam a viagem ou remarcaram seus compromissos,
gerando prejuízos e problemas de toda ordem.
Follador voltou a defender as medidas de combate à pandemia, mas
fez um apelo às autoridades da saúde para encaminhar alguma solução para tantas
demandas da cidadania em meio à crise de saúde e econômica. “Não podemos
aceitar que o cidadão de bem, já sofrido com as sequelas da crise, seja
impiedosamente explorado por gente sem escrúpulo, ficando exposto aos riscos da
insegurança de um serviço de transporte por clandestino que é”, disse afirmando
que não se vê nesta seara a presença de órgãos fiscalizadores do Governo, como
o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Programa de Orientação e Defesa
do Consumidor (Procon).
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