Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política

Docentes e alunos da UNIR realizam pesquisa de campo no assentamento urbano Dilma Rousseff, em Porto Velho


Docentes e alunos da UNIR realizam pesquisa de campo no assentamento urbano Dilma Rousseff, em Porto Velho - Gente de Opinião
 
Docentes e alunos dos Departamentos de Geografia (DGEO) e de Ciências Sociais (DCS) da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) participaram, na terça-feira, dia 14, de uma atividade de extensão conjunta, em parceria com a Defensoria Pública da União (DPU), denominada “Reconhecimento e cadastramento socioeconômico dos moradores do assentamento urbano Dilma Roussef (cidade de Porto Velho)", localizado no Bairro Areia Branca, zona Sul da capital.

A atividade foi realizada em atendimento a uma solicitação da DPU para elaboração do diagnóstico social dos moradores do assentamento, porque a área ocupada, com extensão total de 381.174 m², é objeto de uma ação de reintegração de posse movida em 2013 pela União e pelo Estado de Rondônia, que busca a cessão da área para a construção de uma estação de tratamento de esgoto, a ET-Sul.

Docentes e alunos da UNIR realizam pesquisa de campo no assentamento urbano Dilma Rousseff, em Porto Velho - Gente de Opinião

O trabalho realizado pelos pesquisadores da UNIR é uma espécie de censo, no qual foram aplicados cerca de 250 questionários aos moradores do local a fim de colher dados sobre a situação econômica e social das famílias que residem no assentamento.

Conforme a defensora pública da União, Alana Rubia Costa, “o objetivo de se fazer um novo levantamento é apurar a atual situação social dos moradores do assentamento, pois a área sofre novas ocupações diárias e os dados que nós temos no processo já estão desatualizados. E, considerando que a complexidade social desse caso ultrapassa a complexidade jurídica, é importante estarmos sempre atualizados e entendendo os movimentos e a situação dos moradores do local”.

Os moradores firmaram acordos com o governo do Estado, em maio e novembro de 2015, para deixar o local. Antônio Lucio Monteiro, presidente da Associação dos Moradores do Assentamento Dilma Rousseff (Amadil), disse que o acordo previa o pagamento de aluguel social e a disponibilização de outra área para assentar as famílias. No entanto, segundo ele, muitas famílias que se retiraram não estão mais recebendo o auxílio e a nova área ainda não foi disponibilizada. Por esse motivo, as famílias que haviam saído do assentamento estão retornando e a vontade dos moradores agora é de permanecer e se estabelecer definitivamente no local.

A defensora pública da União, Alana Rubia Costa, informou que, em maio de 2015, época em que os acordos começaram a ser firmados, havia 393 moradias ocupadas no local. “Existe a crença de que os acordos não foram cumpridos por parte dos assistidos, mas a verdade é que o Estado de Rondônia também não se mostrou apto a cumprir a sua parte no acordo. Tanto a União quanto o Estado têm interesse em retirá-las [as famílias] da área, mas a que custo seria isso?”, questionou a defensora, acrescentando que o intuito é “apresentar um viés social da causa para que o juízo tenha consciência da realidade do local”, disse.

Os responsáveis pela atividade de pesquisa de campo são os professores Ricardo Gilson da Costa Silva (DGEO), Eloíza Elena Della Justina (DGEO) e Luís Fernando Novoa Garzon (DCS), que contou também com a colaboração de 35 alunos do DGEO e DCS, além de técnicos da DPU.

Na opinião do professor Ricardo Gilson da Costa Silva (DGEO), “dependendo da situação social das famílias e do que foi apurado no local, é possível que a Justiça possa garantir a posse e efetivar as moradias”.

O professor Novoa vai além da questão específica do assentamento Dilma Roussef e observa que a experiência fomenta o debate sobre uma das questões mais graves do município de Porto Velho, que é, segundo ele, o déficit habitacional, a falta de politica habitacional e a falta de zoneamento de áreas de interesse social para essa finalidade. “A cidade inteira formou-se dessa forma, com ocupações irregulares e regularizações precárias, e esse assentamento é um exemplo emblemático dessa urbanização extensiva e precária”.

Segundo o professor, o objetivo da vinda não é apenas contribuir para que haja um reassentamento digno ou a urbanização do local, mas também abrir uma frente de pesquisa e de extensão na zona urbana de Porto Velho, que possibilitará perceber que o problema do déficit habitacional é “transversal e estrutural em toda a cidade e que a Universidade tem condições de contribuir com os órgãos públicos para que se efetive de fato uma política de habitação popular para a cidade”.

Fonte: UNIR

Gente de OpiniãoSexta-feira, 24 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Projeto vidas, alcançados para alcançar recebe apoio do vereador Everaldo Fogaça

Projeto vidas, alcançados para alcançar recebe apoio do vereador Everaldo Fogaça

Na manhã desta quarta-feira, o vereador Everaldo Fogaça (PSD) recebeu em seu gabinete representante do projeto social Vidas, Alcançados para Alcança

Projeto de Lei de autoria do deputado Alex Redano é sancionado e garante direitos aos mototaxistas de Rondônia

Projeto de Lei de autoria do deputado Alex Redano é sancionado e garante direitos aos mototaxistas de Rondônia

O governador em exercício de Rondônia, Sérgio Gonçalves da Silva, sancionou a Lei Nº 5.956/2025, de autoria do deputado Alex Redano (Republicanos).

 Deputado Jean Mendonça investe em capacitação profissional

Deputado Jean Mendonça investe em capacitação profissional

Apoiar e incentivar iniciativas que promovam a geração de renda para as mulheres é um compromisso do deputado Jean Mendonça, que tem se dedicado à i

Deputada Dra. Taíssa destaca asfaltamento ao redor do hospital Regional de Guajará-Mirim

Deputada Dra. Taíssa destaca asfaltamento ao redor do hospital Regional de Guajará-Mirim

Na terça-feira (16), a deputada Dra. Taíssa Sousa (Podemos) visitou o Hospital Regional de Guajará-Mirim, obra de grande importância para a saúde pú

Gente de Opinião Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)