Sábado, 26 de agosto de 2006 - 13h58
A Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB Rondônia está confirmando para
domingo a realização das provas da primeira etapa do 41ª exame da OAB em
Porto Velho, Cacoal, Ji-Paraná e Vilhena. Apesar das especulações durante
a semana em função do cancelamento da prova domingo passado, o presidente
da Comissão, advogado Alexandre Washeck de Faria, adianta que as provas acontecem
dentro da mais absoluta normalidade e que o cancelamento da aplicação dia
20 foi exatamente para garantir a segurança do exame.
Com as recomendações de sempre para que os candidatos cheguem ao local com
pelo menos meia hora de antecedência, portando o cartão de inscrição, documento
de identificação e caneta esferográfica preta ou azul, a OAB confirma a realização
da prova pela primeira vez em Vilhena, onde será aplicada no Colégio Anglo,
à rua Marquês Henrique nº 625, próximo ao Ibama.
Na Capital, em função da realização das provas do Enem na faculdade Uniron,
a prova do Exame de Ordem foi transferida da faculdade Uniron para a faculdade
Ulbra, à rua João Goulart, 666, no bairro Mato Grosso. Em Ji-Paraná, as
provas serão também na Ulbra, à Avenida Universitária, nº 762 - Prédio A,
Jardim Aurélio Bernardes. Em Cacoal, será na Escola Concórdia, à avenida
São Paulo, 2.666, centro.
Importância do exame
Em meio à polêmica levantada sempre pelos que não são aprovados no exame
quanto à necessidade de submeter o bacharel em direito à prova antes de
colocá-lo no mercada de trabalho da advocacia, o presidente Tribunal de Ética
e Disciplina da OAB Rondônia, advogado Edson Piacentini, se manifesta de
forma clara quanto à manutenção do Exame de Ordem.
Piacentini lembra que atualmente outras categorias defendem a implantação
de um exame que avalie a capacidade do formando antes que ele seja habilitado
para a profissão. Segundo ele, o surgimento de mais faculdades de Direito,
fato que torna questionável o nível do ensino reforça essa necessidade. "Sem
o Exame de Ordem, o profissional iria, em tese, até o Supremo Tribunal Federal
para fazer uma sustentação oral", diz ele preocupado.
"Com o ensino pulverizado, com que conhecimento teórico o recém-formado vai
defender o cliente?," questiona o presidente do TED. E acrescenta: "Às vezes,
é toda a vida do cliente que está em jogo".
"Acho que o exame de Ordem deve continuar e ser mais rígido para forçar o
candidato a advogado a ter conhecimento teórico mais aprofundado. O bacharel
em Direito, se fizer concurso para delegado, promotor ou juiz terá que fazer
uma prova não muito diferente do exame, então, o bacharel para exercer a
advocacia também deve ser submeter a uma avaliação rigorosa", conclui ele.
Fonte: OAB
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