Terça-feira, 20 de maio de 2008 - 19h11
Em pronunciamento nesta terça-feira (20), a senadora Fátima Cleide (PT-RO) afirmou que o procurador da República em Rondônia Reginaldo Pereira da Trindade está sendo "duramente perseguido" pela estrutura do governo do estado. Isso ocorre, segundo ela, "porque o procurador cumpre o dever de fiscalizar a ação do agente público que governa Rondônia desde 2003".
- Não há dúvida em afirmar que o estado de Rondônia está sendo mal tratado e suas estruturas precisam ser mais bem cuidadas. Apesar da grande maioria de seus profissionais ter reputação ilibada e prestar relevantes serviços à população, alguns teimam em levar suas instituições para muito perto de um lamaçal indesejável. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal atuam para impedir isso - afirmou.
Fátima Cleide frisou que o Ministério Público Federal de Rondônia é "vítima do implacável poder econômico de que dispõe o governo local". E disse ainda que dinheiro público é usado para financiar parte da mídia local com o único intuito de atacar desafetos pessoais e profissionais que têm a competência de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.
- Isso não deveria ser financiado com dinheiro do povo de Rondônia, que precisa, e bastante, de saúde, escolas decentes e segurança - disse.
Segundo Fátima Cleide, a campanha difamatória contra o procurador e o próprio Ministério Público Federal "não tem trégua". Disse que os ataques se intensificaram logo após a denúncia de compra de votos e chegam hoje a "níveis perigosos". Em 2006, 13 pessoas foram denunciadas por compra de votos, em esquema denunciado pelo Ministério Público Eleitoral, investigado pela Polícia Feder al e sobre o qual já existe manifestação do Tribunal Regional Eleitoral (TER) de Rondônia.
- A história da compra de votos é muito grave: testemunhas foram violentamente coagidas mediante o uso da máquina estadual, resultando na denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal no Supremo Tribunal Federal contra o governador do estado, em agosto de 2007 - afirmou.
No último dia 12, o Ministério Público Federal divulgou nota em que condena a campanha difamatória movida contra a atuação de seus representantes em Rondônia.
Fonte: Ascom
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