Quarta-feira, 22 de novembro de 2006 - 16h26
O coletivo do Fórum Independente Popular do Madeira reunido ontem (21/11) no Centro Pastoral confirmou sua posição à respeito do licenciamento das Usinas do Madeira. Para seus membros um Projeto que inviabiliza o modo de vida da população ribeirinha e a própria cidade de Porto Velho transformada em um imenso e caótico canteiro de obras, não pode ser considerada viável pelo IBAMA.
Em reunião com o Procurador Heitor Alves Soares na tarde de ontem no Ministério Público Federal de Rondônia, o Coletivo do Fórum apresentou provas testemunhais da inconsistência das "consultas" realizadas por Furnas/Odebrecht no decorrer dos estudos do Projeto. Representantes das Comunidades, Triângulo, Maravilha e Teotônio presentes afirmaram que não receberam informações específicas dos impactos à montante ou a jusante e que não foram consultadas. O Fórum procurará coletar o máximo de depoimentos das comunidades para demonstrar que os empreendedores não criaram canais de diálogo adequados junto à população ameaçada.
O Fórum que congrega movimentos e organizações sociais como o MAB, MST, Arirambas, Kanindé, Rede Brasil além de lideranças comunitárias, religiosos e estudantes, apresentou um plano de mobilização propondo-se a organizar encontros nos bairros e comunidades para que a população possa se informar de fato e defender seus interesses.
No dia 15 de dezembro essas atividades desembocarão em uma manifestação pública, a partir das 09 horas da manha em frente ao Palácio de Governo, caminhando em direção da sede de Furnas em Porto Velho.
A próxima reunião do Fórum, será na Comunidade ribeirinha Maravilha no próximo domingo às 14 horas. O local foi escolhido como prova do compromisso de uma cidade com sua condição ribeirinha. Se o destino do Madeira afetará o destino de todos na região, é hora de cuidar dele.
Fonte: Daniela Lima
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