Quinta-feira, 25 de outubro de 2007 - 06h54
Dia da Democracia
No Brasil, em 1894 tomava posse Prudente de Morais, o primeiro presidente eleito da república, numa estranha eleição onde o candidato oficial era o único concorrente. Nos cem (exatos, 113) anos que se seguiram, a democracia no Brasil foi interrompida por dois grandes períodos de ditaduras e perturbada por tentativas de golpes de estado, dezenas de casuísmos eleitorais e oito diferentes constituições.
Que povo?
A morte de Tancredo Neves no dia de sua posse, a eleição e o impeachment de Fernando Collor, a eleição de Fernando Henrique Cardoso - e, agora, duas vezes Luiz da Silva - são os últimos lances da tumultuada história da democracia no Brasil. A tentativa de consolidação de um governo do povo, pelo povo e para o povo, passa por uma questão fundamental: quem é, afinal, o povo?
Enganação
O monopólio das grandes redes de televisão, principais produtores do imaginário nacional, e o difícil acesso às manifestações populares e regionais numa sociedade de forte tendência centralizante e culturalmente colonizada, turvam a visão possível do que poderia ser o povo brasileiro. O fato é que, em nome do povo, sucessivos governos pouco têm feito para resolver a gigantesca dívida social ou mesmo para reverter a crescente concentração de riqueza nacional que nos levou à posição de pior distribuição de renda do planeta.
Horário (de interesse) gratuito
Nos últimos dezesseis anos, desde a promulgação da atual constituição, houve nada menos que dez processos eleitorais no país. Ou mesmo quatorze, considerando que alguns foram realizados em dois turnos. Nos períodos pré-eleitorais, a legislação brasileira permite aos partidos políticos o acesso gratuito às redes de televisão e rádio. São raros os momentos de diversidade numa programação televisiva que, embora apresente alto nível técnico e artístico, é marcada pela conformidade com padrões - políticos, estéticos, éticos, morais, narrativos, etc. - estabelecidos por um complexo sistema de interesses.
Falta honestidade
Por outro lado, a inflação de eleições, conjugada a uma inflação de partidos políticos (são mais de 40 registrados, todos com direito a lançar candidatos, e conseqüentemente com acesso às redes de rádio e tevê) e mais uma verdadeira inflação de candidatos, exacerbam a diversidade a ponto de constituir uma experiência única.
Radicais de todas as tendências, inclusive os neoliberais, corruptos notórios, políticos sérios e malucos diversos dividem, a cada nova eleição e por três meses, o espaço eleitoral gratuito na televisão e no rádio. Somente na última eleição, foram mais de dez mil candidatos a vender seus rostos, suas vozes, suas idéias, suas propostas, suas biografias, suas idiossincrasias, seus tiques nervosos e suas esperanças pessoais de serem eleitos a quase cem milhões de eleitores pelo país.
Por eles, e para eles
As leis que regulamentam o acesso ao espaço eleitoral gratuito sofrem modificações a cada eleição, conforme os interesses da eventual maioria no congresso nacional. Esta programação se tornou, nos últimos anos, um excelente registro da política nacional. Até porque nestes programas, como era de se esperar, é marcante a presença do povo e dos que falam em seu nome.
Uma saída
A dificuldade de acesso à programação das redes e a quase falência da indústria audiovisual independente levaram muitos cineastas brasileiros a trabalhar para os partidos políticos. O espaço eleitoral passou a ser, para alguns realizadores, o único canal de expressão audiovisual. E um dos únicos espaços onde a imagem do povo brasileiro foi registrada fora das crônicas policiais e das enquetes dos telejornais.
Outras comemorações de hoje
Dia da Construção Civil
Desde os primórdios da civilização humana, relaciona-se conforto e proteção contra animais e forças da Natureza, os antigos abrigos, atuais casas, mas sempre lares humanos.
Dia do Sapateiro
Em extinção, mas homenageado e sempre lembrado por todos que já foram atendidos por um.
Dia do Cirurgião Dentista
O número de profissionais que tratam da saúde dos nossos dentes vem crescendo, mas, ainda, é uma escassez de atendimento aos que precisam (ou seja, a maioria). Apenas 10,8% da população utiliza o serviço odontológico ambulatorial do SUS. A média de dentista por 10 mil habitantes é de 8,41.
Dia das Missões
As missões jesuíticas portuguesas foram as responsáveis por desbravar e expandir nosso Brasil, assim como, também, por bruscas mudanças étnicas.
Cadê a independência?
O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), que os "ministros do governo corram para o Senado" para negociar a prorrogação da CPMF. Caso contrário, ele alertou, o governo corre risco de ver a contribuição ser extinta no final deste ano.
- A verdade é que a base do governo só tem 43 votos a favor da CPMF, quando a prorrogação precisa de 49 votos. O governo está atrasado nessa negociação com as oposições. O meu papel será arbitrar as negociações - afirmou.
- E, eu (ingênuo) pensei que ele preside o Senado. Mas, não, ele é "árbitro".
- Na minha Terra, isso se chama submissão do Legislativo ao Executivo.
Poder militarizado
Uma pesquisa afirma que a maior parte das pessoas em 52 países deseja uma diminuição do poder dos países considerados militarizados como Irã, Rússia e China.
Segundo levantamento do Instituto Gallup, os entrevistados têm uma visão positiva de países e organizações consideradas pacíficas, como Brasil, União Européia, Índia e África do Sul.
Imperialismo ianque
Dos 57 mil entrevistados, 26% das pessoas acreditam que o mundo ficaria melhor com o aumento do poder dos Estados Unidos. No entanto, 37% acreditam que o mundo se beneficiaria com uma redução da influência americana. Para os pesquisadores, a opinião pública internacional favorece o que eles chamam de países "herbívoros" como Brasil, Índia e África do Sul cuja influência não estaria relacionada à força militar.
Para não esquecer
Mototáxi?
- Sou a favor.
Por quê?
- Ele respeita o trabalhador que depende da sua condução para ir ao emprego.
- Não faz greve. Ele sabe que se parar, vai faltar o leitinho das crianças.
- Não atrasa;
- atende durante 24 horas;
- não faz esperar;
- é mais rápido do que ônibus;
- é mais barato;
- o condutor é educado, gentil, atencioso, cortês, e, tem paciência com idosos e doentes - o que falta aos motoristas (e empresários) de ônibus.
- Mas, o principal motivo é que o mototaxista (piloto) é o próprio proprietário do veículo, o que inspira confiança ao passageiro. Se ele não se portar bem, perde o freguês. Isto não acontece com os empresários (donos) do transporte urbano de passageiros, que nem sabem embarcar num ônibus, e jamais testemunharam o comportamento dos seus empregados - motorista e cobrador.
- Este repeteco é para irritar os empresários do setor. Pode ser que assim, imbuam-se de bom senso e descubram que freguês bem tratado é gerador de lucro. Trate mal um freguês, que ele descamba para outro lado e busca alternativa - no caso, outro meio de transporte.
e... HOJE, MUITO +
O mototaxista não tem roteiro pré-estabelecido. O que não acontece com os ônibus que modificam os roteiros sem avisar os usuários. E, quando estes embarcam e pagam a passagem não há devolução se embarcar no carro errado.
Para refletir
"A guerra, a princípio, é a esperança de que a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de que o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver que o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver que todo mundo se ferrou." - Karl Kraus
Fonte: roquevha@hotmail.com
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