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GillettePRESS - Dia de São Francisco de Assis


 

 

 

 

Dia de São Francisco de Assis

"Ó elevado e glorioso Deus, ilumina meu coração. Dá-me fé ínclita, esperança certa, caridade perfeita, humildade profunda, sentido e conhecimento de forma que eu observe teus mandamentos. Amém".

Devido às desigualdades sociais ocorreu uma revolta do povo contra os nobres da cidade de Assis (Itália). Francisco, assim como muitos jovens da sua época tomaram partido na causa social do povo. Em socorro dos nobres, Perugia, uma cidade vizinha mandou um exercito bem preparado para defender os nobres. Na luta sangrenta, Francisco foi preso (assim como os companheiros jovens de Assis) e dessa forma, permaneceu no cárcere por um ano. Seu pai pagou pela sua libertação.

Ideais Sociais

De volta a Assis, doente, enfraquecido e sem projeto de vida, pouco tempo depois, Francisco se empenhou em outro ideal - a igreja buscava voluntários para as suas lutas em defesa dos territórios. Francisco, inspirado nas histórias de heróis e valentes cavaleiros, se inscreveu e se preparou com a melhor armadura de cavaleiro.

Ideais de Justiça

Após a partida, na primeira noite em que o exército se reuniu junto à cidade de Espoleto, Francisco, novamente com febre e doente ouviu a Deus que lhe perguntou:

- "Francisco, a quem deves servir, ao Senhor ou ao servo?"

- "Ao Senhor," respondeu Francisco!

- "Então, por que trocas o Senhor pelo Servo?"

 Francisco compreendeu que deveria servir a Deus; abandonou o seu ideal de cavaleiro e retornou a Assis, humilhado, recebendo zombarias dos antigos amigos.

A vocação

Francisco foi, aos poucos, se transformando. Passava muitas horas sozinho, buscava lugares isolados no campo e quando encontrava um mendigo, doava o que dispunha no momento. Aos poucos foi se habituando à oração. Na sua conversão, sofria as dúvidas e fraquezas humanas. Num momento difícil da sua vida, Francisco encontrou-se no caminho com um leproso, e diante do horror das feridas e do odor, pensou em fugir. Movido por um grande amor, venceu o obstáculo, voltou-se para o leproso, e o abraçou e beijou, reconhecendo nele um irmão.

Numa ocasião, também, importante, achava-se em oração na Igreja de São Damião - uma capelinha quase destruída - e olhando o crucifixo e examinando as paredes caídas ao redor, compreendeu o pedido de Deus. - "Francisco, reconstrói a minha Igreja!"

Despojado

Para empreender o projeto de reconstruir a Igreja, Francisco retirou recursos do pai. Este, já enfurecido pelas atitudes de Francisco e prevendo o risco de perder o patrimônio nas mãos do filho maluco, abriu um processo perante o bispo para deserdá-lo. Diante das acusações do pai, na frente do bispo, e de todos, Francisco tirou as próprias vestes, e nu, as devolveu ao pai dizendo: - "Daqui em diante tenho somente um pai, o pai nosso do céu!".

Eremita

Francisco passou a reconstruir as igrejinhas caídas, com o seu próprio trabalho, assentando pedras, comendo do que lhe davam na mendicância da rua, e adotou como vestes trapos de eremita.

Depois que reconstruiu a Igreja de São Damião, restaurou, também, uma capela próxima aos muros de Assis e uma outra, a Igreja de Santa Maria dos Anjos, conhecida como porciúncula (que significa pequena porção de terra). Nesta, São Francisco decidiu permanecer, armando ao lado uma choupana para dormir.

Com o tempo São Francisco compreendeu que deveria reconstruir a igreja dos fieis e não somente as igrejas de pedra. Durante uma missa na leitura do Evangelho ouve e compreende que os discípulos de Jesus não devem possuir ouro, nem prata, nem duas túnicas, nem sandálias... que devem pregar a paz e a conversão.

No dia seguinte os habitantes de Assis viram-no chegar, não mais com roupas de eremita, mas, com uma túnica simples, uma corda amarrada à cintura e os pés descalços. A todos que encontrava no caminho, dizia: "a paz esteja com vocês!"

Apostolicidade

São Francisco passou a falar da vida de Evangelho nos lugares públicos de Assis. Falava e agia com tamanha fé, que o povo que, antes, o zombara, agora o ouve com respeito e admiração.

E assim, o bom Deus, quis que São Francisco tivesse irmãos de conversão. Aos poucos suas palavras foram tocando os corações - o primeiro foi Bernardo um nobre e rico amigo seu; depois Pedro Cattani. Estes, agindo conforme diz o evangelho, doaram tudo o que tinham aos pobres.

Quando o grupo chegou a 12 irmãos, São Francisco decidiu ir até Roma e pedir ao papa autorização para viverem a forma mais pura do Evangelho, conforme o desejo e a escolha que fizeram. O papa achou que seria muito duro para eles esse modo de vida, porém deu permissão, e, também, autorizou que eles pudessem pregar. Durante esse período de visita, o papa teve um sinal profético, e, reconheceu em Francisco, o homem que em seu sonho segurava a Igreja como uma coluna.

O frade

Muitos outros Irmãos foram se juntando ao grupo, desejando viver conforme Francisco. Os frades fizeram suas habitações em choupanas ao redor da Igrejinha da Porciúncula. Dividiam as atividades entre oração, ajuda aos pobres, cuidados aos leprosos, e pregações nas cidades. Também, se dedicavam às atividades missionárias, indo dois a dois a lugares distantes e pagãos; eram alegres, pacíficos, amigo dos pobres.

Os Franciscanos

Uma grande preciosidade para São Francisco e a Ordem dos Frades Menores veio de uma jovem, de família nobre de Assis, chamada Clara. Ela procurou Francisco pedindo para viver o mesmo modo de vida, segundo o Evangelho. São Francisco ponderou sobre as duras condições que ela estaria se submetendo, mas a recebeu com grande alegria. Clara, depois de se alojar, temporariamente, num convento Beneditino, foi morar no conventinho ao lado da Igreja de São Damião (que Francisco havia reconstruído). Ela ajustou o modo de vida dos frades, para mulheres e recebeu, por sua vez, muitas companheiras de conversão.

A Ordem Terceira

Muitos cristãos, ouvindo São Francisco, decidiram seguir o seu exemplo e ensinamento, alguns pediam conselhos, e São Francisco os orientava conforme o estado de vida de cada um. Para uma mulher e seu marido, que o procuraram, São Francisco recomendou servir ao Senhor permanecendo em casa.

São Francisco assistiu ao crescimento da Ordem, que se espalhou por diversas partes do mundo. Embora a velhice não tenha chegado, seu corpo frágil se debilitou agravado por um problema nas vistas que o deixou quase cego. Mesmo doente, São Francisco, sempre, esteve pronto para o trabalho, principalmente, a Evangelização.

Estigma

Em certos períodos São Francisco se isolava para orações e jejum. Numa dessas ocasiões, num monte chamado Alverne, de rochas gigantescas e escarpadas, o bom Deus quis que ele, que tanto buscou se assemelhar a Jesus, tivesse, igualmente, as feridas da crucifixão. Com muita dor, mas, intensa alegria, por ter as marcas de Jesus no próprio corpo, São Francisco recebeu as feridas que se mantiveram vivas até o fim de sua vida, dois anos depois.

Quando desceu o monte, ele que sempre quis caminhar a pé, se permitiu montar num burrinho, tal era a sua debilidade. Quando ele se aproximava das cidades, uma multidão já o aguardava - o povo, principalmente, os pobres e doentes, desejavam ir ao encontro de São Francisco.

A morte

Pouco antes de morrer, de passagem por São Damião para despedir-se de Clara e suas irmãs, seu estado se agravou e ele teve que passar a noite ali, numa choupana, sob condições de intenso frio. Pela manhã, São Francisco cantava um cântico que compôs em louvor a Deus, e que chamava de Irmão o sol, as estrelas, a lua, a terra, o vento e todas as criaturas.

Numa choupana junto à Porciúncula, no anoitecer do dia 3 de outubro de 1226, São Francisco pede aos irmãos que o dispam e o coloquem nu no chão, sobre a terra. Recitando o Salmo 142, que os irmão acompanhavam, lentamente, São Francisco morreu cantando.

- Minha homenagem a todos os franciscanos, seguidores e admiradores de São Francisco de Assis, um homem raro (único), cujos exemplos deveriam ser seguidos por todos nós.

 
Fonte: roquevha@hotmail.com

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