Sexta-feira, 1 de dezembro de 2006 - 21h22
A última audiência pública prevista na etapa inicial do projeto das Usinas de Santo Antônio e Jirau aconteceu nesta quinta-feira (30/11) no distrito de Mutum-Paraná. Milhares de moradores, representantes de órgãos públicos, organizações não governamentais e empreendedores participaram da audiência que serviu para demonstrar aos interessados, o primeiro estudo de impacto ambiental. Na mesa principal, estavam o prefeito Roberto Sobrinho, o presidente do Ibama-RO, Osvaldo Pitaluga, representantes das empresas que fazem parte do consórcio, Furnas e Odebretch, Márcia Camargo Sérgio Leão, representante dos povos indígenas, Antenor Karitiana e a vice-presidente da Associação de moradores de Mutum, Irailde Amorim.
Conforme as exposições feitas nas audiências anteriores, os moradores do distrito também foram informados de tudo o que vai acontecer com a construção das usinas, antes durante e depois da obra. O maior interesse e que teve vários questionamentos foi sobre as indenizações aos moradores que vão perder tudo por causa das inundações. Os técnicos voltaram a reafirmar que os ribeirinhos vão ser devidamente indenizados antes do início da obra, previsto para o começo de 2007, mas ainda dependendo do laudo final do Ibama.
O licenciamento do Ibama
De acordo com a lei 6938 de 31.08.81 todo e qualquer empreendimento deve ser avaliado pelo Ibama no que diz respeito ao impacto ambiental e seus efeitos poluidores. No caso da construção das hidrelétricas, a liberação do Ibama ainda depende do relatório final do estudo de impacto ambiental. Depois disso, manifestos da população ou das empresas interessadas na construção das hidrelétricas podem ser feitos dentro de 15 dias, bem como a solicitação de esclarecimentos por parte dos empreendedores.
Aguardando o leilão
As duas empresas, Furnas e Odebretch que formaram um consórcio para começar a idealização do projeto da construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Girau, ainda dependem de um leilão que deve ser o próximo passo, depois do licenciamento do Ibama. Na verdade o empreendimento é do Governo Federal, que solicitou o estudo de impacto ambiental feito pelas duas empresas.
O prefeito Roberto sobrinho voltou a afirmar seu posicionamento em relação ao progresso que virá para Rondônia com a construção das usinas. "A nossa participação nesse processo, não é só estar presente nas audiências públicas. Nós também temos realizado muitos fóruns, debates e todo o tipo de discussão possível em torno deste assunto. Nós temos plena consciência que estamos hoje debatendo o futuro que certamente vai ser alterado pela construção das usinas, mas nós queremos acreditar que este futuro vai ser de certezas, de benefícios e oportunidades e que a nossa população não vai ser jogada em qualquer lugar. Esta obra tem uma importância nacional, mas a população de Mutum, de JacY Paraná e Abunã são prioridade," enfatizou o prefeito.
As ONGs e as hidrelétricas
Muitas têm sido as opiniões das Organizações não governamentais. Algumas radicais, outras com pontos de vistas diferenciados da maioria, mas todas interessadas no resultado desta obra para a população de Rondônia. Para o prefeito Roberto Sobrinho, estas entidades devem ser respeitadas."Estes movimentos devem ser respeitados por suas opiniões e nesse ponto eu acredito muito na forma em que o presidente Lula vem conduzindo o processo para a construção das hidrelétricas, considerado o maior empreendimento do governo federal em seu segundo mandato." Por sua própria origem, eu acredito que o presidente Lula está atento para qualquer problema social que venha afetar a nossa população. Eu como administrador do município de Porto Velho e por conseqüência dos distritos, volto a afirmar: queremos e precisamos desta obra para gerar emprego e renda, mas antes de tudo, estamos ao lado da população" finalizou o prefeito.
Fonte: ASCOM
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