Instituto Matheus Moraes entrega últimos prêmios

INSTITUTO MATHEUS MORAES ENTREGA ÚLTIMOS PRÊMIOS DA PROMOÇÃO DIA DAS CRIANÇAS E GARANTE A FELICIDADE DE FAMÍLIAS CARENTES

A equipe do Instituto Matheus Moraes em Porto Velho entregou, durante este sábado, os dois últimos prêmios para os vencedores da Promoção Dia das Crianças e, mesmo enfrentando terrenos acidentados e a mata fechada, conseguiu garantir a alegria de duas famílias carentes da Capital.

Para entregar a última bicicleta do concurso, o IMM teve que atravessar o Rio Madeira de balsa e entrar em plena mata, a fim de chegar ao Sítio Boa Fé, Comunidade São Sebastião, local de difícil acesso, mas que não foi obstáculo para a conclusão da iniciativa do jornalista Roberto Kuppê, que resgatou o significado da palavra solidariedade através da promoção que contemplou centenas de famílias pobres da cidade.

O jovem Edílson Pereira Nunes, 13 anos, estudante da 3ª série da distante escola municipal Domingos Sávio, foi quem ganhou a bicicleta. A prima dele escreveu a carta para o Instituto acompanhada da mãe de Edílson, Irene Pereira Ferreira, 34 anos, buscou realizar o sonho de um dos quatro filhos.

“Crio sozinha meus filhos, pois o pai deles (um pescador), há oito anos nos abandonou e hoje não dá a mínima para nenhum deles, não contribui com nada para o sustento da família”, conta a mãe, desempregada e que vive de bicos como lavradora.

A família de Edílson conta apenas com a ajuda do programa federal Bolsa Família, que garante uma renda de pouco mais de R$ 90 mensais.

“Queria a bicicleta para poder andar com meus irmãos e amigos por aqui (uma mata bastante agressiva e às margens do rio) e também para ir à escola”, conta o adolescente, ainda incrédulo com o prêmio.

Alívio para Jonatha
O pequeno Jonatha Costa da Cruz, 4 anos, portador de hidrocefalia, foi contemplado com uma cadeira de rodas adaptada para sua condição especial. Logo nos primeiros meses de vida, os médicos identificaram um problema de acúmulo de água no cérebro do menino e, desde então, a família de Jonatha mantém uma batalha de sobrevivência que desafia qualquer obstáculo e comove toda a comunidade do bairro Tancredo Neves, zona Leste da cidade.

“Há alguns meses ele ainda era carregado num carrinho de bebê bem velho e acabado. Depois, uma amiga nos emprestou a cadeira de rodas que ele está usando agora. Com essa cadeira que vocês estão nos dando, ele poderá agora ter uma melhor adaptação e vai facilitar a vida de todos”, disse o pai da criança, Dilermando Ribeiro da Cruz, 47 anos, agricultor desempregado, ex-taxista e que hoje sustenta a família como catador de sucatas, conseguindo uma renda média de R$ 180.

A dona Isaura da Costa e Silva da Cruz, 25 anos, mãe de Jonatha, que dedica todo seu tempo para a criação dos três filhos - por isso não tem emprego – explica que a nova cadeira adaptada vai ajudá-la muito, pois suas costas já sofriam com o peso de Jonatha que, com quatro anos, já chega a superar 25 quilos.

A casa de Jonatha é rústica, inacabada, sem estrutura ideal e não conta mais com o serviço de energia elétrica. “Estamos devendo há muito tempo a Ceron, pois não temos como pagar energia. Só esta dívida está bem acima dos R$ 3 mil. Por isso, mesmo tendo geladeira e televisão, vivemos só com as luzes das velas”, conta o pai, bastante emocionado.

Atualmente Jonatha faz duas sessões semanais de fisioterapia na Casa Família Rosetta, mas a família acredita que apenas meia hora em cada uma das sessões não sejam suficientes para a recuperação do menino. Eles clamam por ajuda de alguma instituição de ensino superior e empresários solidários, a fim, até mesmo, de garantir o sustento de fraldas e alimentos especiais para o pequeno Jonatha que, apesar de tudo, parece ignorar a difícil realidade da família e sempre oferece um sorriso aos familiares e aos amigos.

“É incrível como ele está sempre sorridente. Eu acabei me tornando um grande amigo dele e toda vez que estamos juntos brincamos”, disse o empresário João Luis Costa Pitambeira, que acompanhou de perto a equipe do IMM na entrega da cadeira de rodas.

Fonte: Rondineli Gonzalez