Sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012 - 15h16
A partir desta semana as comunidades localizadas na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã passarão a ser atendidas pelo “Barco da Produção”, disponibilizada pela Prefeitura de Porto Velho aos produtores rurais das regiões ribeirinhas do Baixo Madeira. A primeira viagem para a localidade, distante cerca de 130 quilômetros de Porto Velho, foi feita nesta sexta-feira, 24. A embarcação saiu do porto de Cai N’água por volta das 8h30 e está com o retorno previsto para este final de semana. “Essa é uma viagem histórica. Nunca essas comunidades haviam sido atendidas por causa do difícil acesso. Mas por determinação do prefeito Roberto Sobrinho, vamos fazer também o escoamento da produção da região”, afirmou Chirlene Nascimento, da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric), comandante do Barco da Produção da prefeitura. Colocado à disposição dos agricultores ribeirinhos e pescadores artesanais desde 2006, o Barco da Produção faz o transporte dos produtos desses trabalhadores para ser comercializados na Feira do Produtor, em Porto Velho. O transporte é gratuito e a ação visa baratear os custos da produção e, conseqüentemente, o preço final ao consumidor. “Nos barcos da linha o custo do transporte para os produtores era alto, fazendo com que o consumidor também fosse sacrificado por conta do repasse para os preços das mercadorias. E ainda havia o custo do frete do caminhão que fazia o transporte até a feira. Era muito dispendioso para eles. Por isso, a prefeitura está fazendo esse serviço agora”, afirmou, disse.
No barco são transportados produtos como banana, polpa de frutas, mandioca, cupuaçu, farinha de mandioca, laranja, jaca, farinha de tapioca e alguns tipos de verduras. As localidades já atendidas pelo transporte são Porto Velho, São Miguel, Mutuns, Cujubim, Cujubizinho, Itacoã, Bom Serazinho, Brasileiro, São Carlos, Primor, Terra Caída, Curicacas, Bom Será, Boa Hora, Boa Vitória, Nazaré, Tira Fogo, Ilha de Iracema, Santa Catarina, Conceição da Galera, São José da Praia e Papagaios.
A reserva
A Resex Cuniã ocupa uma área de 55.850 hectares localizada na margem esquerda de quem navega o rio Madeira de Porto Velho (RO) para Humaitá (AM). Uma das marcas desta reserva é seu exuberante lago, ao redor do qual grande parte dos moradores se concentram. Na época da cheia, o acesso ao lago se dá por várias vias fluviais, há cerca de 7 horas de voadeira. No verão, época em que o nível dos rios e igarapés baixam e que os igapós secam, é possível chegar ao Cuniã por meio de uma trilha de cerca de 12 quilômetros no meio da mata partindo de São Carlos.
Os moradores do Cuniã são descendentes de migrantes nordestinos que vieram para Rondônia trabalhar nos seringais e de índios que habitavam a região. Somente após um prolongado período de lutas por seus direitos de permanecer no local é que a população local fez com que parte da Estação Ecológica fosse convertida em Reserva Extrativista, unidade de conservação de uso sustentável e que permite a existência de moradores. Até por conta desse histórico de lutas, os moradores de Cuniã estão entre os mais bem organizados do Baixo Madeira, possuindo uma associação forte e representativa dos moradores a Asmocun (Associação de Moradores do Cuniã). Atualmente, cerca de 90 famílias habitam a reserva. A maioria das casas são construídas de madeira, havendo algumas casas com partes ou totalmente construídas de alvenaria.
Produção
O Cuniã conta com uma infraestrutura modesta se comparada com outras comunidades. Não há geração e distribuição pública de energia, sendo que os moradores dependem de geradores particulares e combustível para alimentar entre 2 e 5 casas e ter energia disponível durante algumas horas do dia (geralmente entre as 19 e 21h). A comunidade conta com quatro poços artesianos instalados, sendo que uma parcela relativamente grande dos moradores utiliza a água do lago para consumo.
A economia local de Cuniã se baseia, na pesca (para venda e consumo), extrativismo (açaí e castanha para venda e consumo e diversas outras frutas da floresta só para consumo), agricultura (mandioca e banana só para consumo), produção de farinha (para venda e consumo) e caça (só para autoconsumo, na maioria dos casos). Uma diferença para as outras comunidades é que o transporte de mercadorias para o Cuniã é mais difícil do que para as comunidades que beiram o Madeira.
Fonte: Joel Elias
Foto: Medeiros
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