Terça-feira, 8 de maio de 2018 - 05h13
Amamentar é um gesto nobre, que demonstra o desprendimento, o amor e a relação mais íntima e pura entre mãe e filho. Mas se já é um ato de nobreza o aleitamento materno, o que dizer das conhecidas como “mães de leite”, que mesmo no anonimato doam o leite para recém-nascidos internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) do estado?
A história de Gabriela Sales Lima da Silva é um exemplo. Pela segunda vez a jovem de 29 anos é doadora do Banco de Leite Santa Ágata, anexo ao Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho. O banco atende à demanda da UTI local e de unidades particulares que solicitam o serviço. Mãe de Grazyela, 7 anos, e de Mikael, 5 meses de vida, Gabriela considera gratificante o gesto de doar.
“Comecei logo após a chegada da minha primeira filha, quando descobri o Banco de Leite. Eu tinha tanto leite que meio seio chegava a doer. Lá as técnicas me ensinaram como massagear a mama para evitar que empedrasse o leite, e também me incentivaram a doar. Aceitei no mesmo instante, e me sinto muito feliz de poder ajudar a crianças que precisam do alimento. Mesmo que eu nunca as conheça, me sinto responsável por ajudar a esses bebês”, diz a doadora.
Com o kit que recebe semanalmente da equipe do Banco de Leite, Gabriela faz a coleta gradualmente durante a semana ou de uma só vez. Ela lava bem as mãos e braços, coloca a touca e a máscara que compõem o kit, e com o vidro com tampa de plástico, faz a coleta do leite para congelar. O prazo de validade do leite coletado é de 15 dias, por isso é importante etiquetar o vidro com o nome da doadora e a data da coleta. Se a coleta é gradual, a data a ser marcada é a da primeira retirada de leite. Nas próximas coletas para o mesmo frasco, é utilizado um copo descartável ou de vidro esterilizado, para então misturar o liquido ao retirado anteriormente, que estará fechado e congelado na geladeira da própria doadora.
Uma vez por semana a equipe do banco passa nas residências das doadoras recolhendo a coleta feita durante a semana. Gabriela coleta por semana cerca de 300 mililitros. “Na primeira experiência, eu doei até os oito meses de vida da minha filha, período em que ela mamou. Agora pretendo ir também até o máximo possível, pois é saúde para o meu bebê e mais tempo de doação para os que precisam”, afirma. Gabriela completa que o estado de espírito da doadora influencia na quantidade de leite que consegue coletar, e que a tranquilidade e o apoio da família são essenciais. “E não precisa se preocupar que o leite vai acabar ou não vai dar para alimentar seu filho. Isso é mito, não vai acabar. Quando mais você coleta, mais você produz. Por isso eu aconselho a todas as mães a doarem vida através do alimento a outros bebês”, conclui.
Para Nathália Ferreira Batista, 26 anos, “o Banco de Leite foi uma descoberta maravilhosa. Eu nem sabia que isso existia até ter a minha primogênita. O parto foi lá na maternidade do HB, e nos dias seguintes ao nascimento os meus seios jorravam leite. A equipe do banco passou lá e marcou a primeira consulta para orientação sobre aleitamento e avaliação profissional, lá no banco mesmo. Quando eu cheguei lá elas viram que eu era doadora em potencial, pela minha quantidade de produção. Há semanas que consigo encher 3 vidros de leite”, conta a mãe de Nátali, de 4 anos, e de Gustavo Benício, de 8 meses.
Na primeira situação, Nathália foi doadora por nove meses, e atualmente, na segunda experiência, a mãe de leite diz que continuará enquanto o filho estiver mamando. “Eu sou muito grata por poder ajudar a tantos outros bebês que por diversas situações não conseguem passar pelo aleitamento da forma como o meu filho. É uma coisa natural, vem de graça para mim, e é gratificante poder doar”.
O leite é encaminhado para o laboratório do Banco de Leite, onde passa pelo processo de pasteurização, onde é purificado para ser adequadamente servido aos recém-nascidos prematuros de alto risco e baixo peso.
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