Em setembro, o Brasil foi um dos países a assinar declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) comprometendo-se a oferecer cobertura universal de saúde aos seus cidadãos até 2030. O foco é fazer com que as pessoas tenham acesso gratuito aos serviços. Este documento gira em torno de priorizar a atenção primária.
O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro se tornou uma referência por ser o maior do mundo. Segundo a deputada, a construção do relatório a ser apresentado na conferência vem sendo discutido com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e tem o importante papel de definir metas para que o Brasil se torne também referência em qualidade, que é hoje o grande desafio que o país enfrenta.
A matéria também conta com a participação dos parlamentares Habibe Millat, de Bangladesh, e Lohr Christian, da Suíça, e a intenção é de que o documento sirva de modelo para os parlamentos de todos os países. Mariana conta que se sentiu honrada com a escolha, que acredita ter sido motivada por ela ser jovem, mulher e médica.
Na sua avaliação, isso demonstra que os espaços estão abertos para os jovens e para as mulheres, apesar das dificuldades ainda existentes. "Poder representar o Brasil nessa missão é muito importante, pois é algo que agrega muito, não só como parlamentar, mas como pessoa e médica, por saber que as diretrizes que vamos apresentar poderão servir de base para parlamentares do mundo todo", destacou.
Para Mariana Carvalho, a partir das diretrizes que serão apresentadas, será possível uma compreensão mútua de todas as nações para a importância da cobertura de saúde, e, segundo ela, isso proporcionará, em pouco tempo, o crescimento da cobertura vacinal, serviços básicos de controle de epidemias, atenção básica de saúde se tornando prioridade e outros avanços fundamentais. Assim, será possível atender a determinação antes mesmo de 2030.
"Para o nosso próprio país é de grande importância, pois nos pontos que ainda deixamos muito a desejar, como a qualidade dos serviços, vamos chamar a atenção do nosso Congresso para encontrarmos uma solução. São questões como diagnóstico, distribuição de medicamentos e tantas outras que podem, e muito, melhorar a vida das pessoas”, apontou a parlamentar.
União Interparlamentar
A UIP trabalha com a Organização das Nações Unidas (ONU), mas é uma organização independente, regida por estatuto próprio. A intenção é estimular o diálogo entre os parlamentares e nos trabalhos de paz e cooperação entre os povos, a fim de firmar uma democracia representativa. Além das Nações Unidas, a UIP atua em parceria com organizações interparlamentares regionais, governos e organizações não-governamentais que adotam os mesmos princípios.
* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca