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Monitor de LCD entre lixo que obstruía canais de drenagem


A Subsecretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) tem travado uma verdadeira batalha para garantir que os canais que cortam a cidade estejam livres de lixo e consequentemente não tragam risco à população. Porém, o desafio é grande já que uma parcela da população não colabora e não respeita o meio ambiente.

“Chega a ser cultural em algumas regiões da cidade. O morador pega seu lixo e lança no córrego mais próximo sem se preocupar que aquele resíduo vai contribuir para o mau cheiro, para futuros alagamentos, para atrair bichos peçonhentos e doenças. Tem locais que a gente passa numa semana não deixa uma garrafa pet sequer, fica tudo limpo e na outra lá está o canal entupido de latas, garrafas, peças de eletrodomésticos, sofás, colchões e outros. Daí temos que deslocar mais uma vez uma equipe que poderia estar limpando outro ponto da cidade para voltar no local”, lamentas Wellen Prestes, subsecretário da Semusb.

Além do material citado que é descartado irregularmente, Prestes destaca que alguns aparelhos eletrônicos e equipamentos de informática que são jogados nos canais e igarapés e mesmo nas ruas da cidade, concentram em sua fabricação metais pesados como chumbo, cobre e mercúrio, além de tóxicos como o níquel.

“A gente tem visto especialistas alertando que o contato direto com esses elementos químicos por meio da inalação ou toque pode provocar distúrbios no sistema nervoso, problemas renais e pulmonares, câncer e outras doenças. Por isso essa batalha para sensibilizar a população sobre a importância de dar destino correto a esse tipo de lixo eletrônico”, comentou.

Na sexta-feira (16), por exemplo, uma equipe de engenharia da Semusb esteve na rua Daniela com a rua Ana Sobral, no bairro Lagoinha para resolver o problema das caixas coletoras que estavam tomadas de lixo, obstruíam a rede pluvial e causavam alagamentos. De acordo com o engenheiro Gabriel Braga, todas as cinco caixas coletoras estavam tomadas de lixo como garrafas, latas, sacolas, vasilhas plásticas e até mesmo um monitor LCD para PC foi encontrado.

“Cabe lembrar à população que os canais que cortam a cidade tem a função de levar as águas das chuvas para o igarapé mais próximo e daí, para o rio mais próximo. Por isso trabalhamos no combate a ligações clandestinas de esgotos para os canais. Nem a água da pia e banheiro devem ir para a rua e sistema de drenagem. O correto é que esse sistema receba apenas água das chuvas, mas infelizmente não é o que acontece. O que mais encontramos são esse tipo de ligações além de muito lixo”, disse Gabriel.

O subsecretário alertou para penalidades mediante o descarte de lixo de forma irregular e destacou o número para denúncias. “Quem flagrar pode ligar no 0800 647 1390, no Setor de Fiscalização da Semusb, para que tomemos providências. E, mais uma vez, pedimos a colaboração da população, pois, se o morador não se conscientizar e esse descarte continuar, teremos em menos de 50 anos a maioria dos nossos rios totalmente poluídos”, conclamou Prestes.

Fonte: Semusb

 

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