Segunda-feira, 28 de agosto de 2006 - 23h18
IVO CASSOL QUER CALAR IGREJAS E ENTIDADES
Como Cristãos comprometidos com a fé e a política, as entidades: Diocese de Ji-Paraná; Projeto Padre Ezequiel; Cáritas Diocesana; Conselho de Leigos; IECLB - Sínodo da Amazônia e o Fórum Transparência Ji-Paraná, lançaram o Cartaz "CHEGA DE CORRUPÇÃO, PROPINAS, FALTA E ÉTICA E IMPUNIDADE!" Tudo o que expressa o cartaz já foi amplamente divulgado pela imprensa nacional e estadual. Não há nenhuma novidade.
O fato é que o "cartaz" está produzindo incômodos por parte de alguns envolvidos. O Governador Ivo Cassol ajuizou (processou) uma ação junto ao Tribunal Regional Eleitoral pedindo o recolhimento imediato dos cartazes sob pena de multa, responsabilizando de forma equivocada somente o Bispo da Diocese de Ji-Paraná Dom Antonio Possamai - pela divulgação do cartaz.
Não foi equívoco colocar a foto do senhor Ivo Cassol no cartaz. É sabido que ele está sendo processado no Superior Tribunal de Justiça (STJ): Inquérito 450, registrado no STJ com o n° 2004/0129980, investigado por envolvimento na extração ilegal de Diamantes e contrabando, na reserva Roosevelt; Ação Penal n° 401, registrado no STJ com o n° 2004/0071386 sob a acusação de fraude em licitação, desvio de dinheiro público e formação de quadrilha ou bando , sem falar na petição do Ministério Público Federal, n° 2528 de 2004, que foi arquivada, mas que investigava sobre a informação do Governador que disse que iria mandar invadir as 48 unidades de conservação do Estado, inclusive as reservas federais e que o STJ anexou tal ação ao Inquérito 450, que tramita no mesmo Tribunal, fatos que foram amplamente divulgados pela imprensa estadual e nacional, sendo o único governador a ser processado por essa Corte.
As entidades acima citadas, três delas pessoas jurídicas e as demais organismos, assinaram o cartaz exercendo seu direito Constitucional que garante a livre manifestação de pensamento.
Se os políticos acusados de corrupção e que dilapidaram o patrimônio público tem o direito de participar das eleições, fazer suas propagandas, distribuir e pregar seus cartazes, entrar nas casas das pessoas através do Rádio e da Televisão para pedir votos e para continuar pilhando a coisa pública, também a sociedade civil tem o direito de se manifestar contra esses políticos, não podendo ser coibida pela Justiça Eleitoral.
O cartaz não tem a intenção de difamar ninguém, mas apenas orientar os cidadãos sobre o momento eleitoral em que vivemos. Sua publicação não representa um ato isolado, mas faz parte de um projeto de conscientização dos eleitores promovidos pelas Igrejas e pelos organismos que o assinam. Não é um projeto desenvolvido somente no Estado de Rondônia, mas em âmbito nacional.
Diante disso, reiteramos a missão evangélica e profética das Igrejas e dos movimentos sociais de denunciar tudo aquilo que fere a vida e a dignidade das pessoas e, exigir respeito para com a coisa pública.
Para PASSAR RONDÔNIA A LIMPO a moralidade administrativa e a ética no parlamento deverão ser os horizontes que guiem os futuros administradores e a consciência dos que os elegerão.
Por fim, aqui fazemos um apelo aos cristãos, homens e mulheres de boa vontade para que não se deixem condicionar pelas ameaças, nem intimidar por retaliações, ainda que sejam pesadas. E serão...
DIOCESE DE JI-PARANÁ / PROJETO PADRE EZEQUIEL / CÁRITAS DIOCESANA / CONSELHO DE LEIGOS / IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL - SÍNODO DA AMAZÔNIA / FÓRUM TRANSPARÊNCIA JI-PARANÁ
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