A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) comprovadamente usa o terrorismo em suas ações para "legitimar a luta pela terra" em Rondônia e o faz com o melhor instrumento tecnológico da atualidade: a internet. Essa convicção é do deputado federal Ernandes Amorim (PTB), que vai esmiúçá-la nesta quinta-feira, durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara, para discutir e encaminhar providências quanto à reportagem denúncia, produzida pela revista Isto É, sobre o treinamento de guerrilha, crimes, e envolvimento com o narcotráfico empregado pela LCP no Estado.
De acordo com o parlamentar, a LCP enviou informações falsas à Imprensa do Estado e de todo o país, dando conta de um novo massacre de trabalhadores sem terra, num total de 15 mortos pela ação da Polícia Militar. Após várias varreduras dos órgãos de segurança pública, incluindo a Força Nacional, nada se comprovou. Na tentativa de se passar de vítima, a LCP manteve o "clima de terror" enviando textos onde se acusava parlamentares de Rondônia de "mandantes" do suposto massacre.
Ao tomar conhecimento das "armações", na semana passada, Amorim entrou em contato, imediatamente, com o ministro chefe do Gabinete da Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix, e da Justiça, Tarso Genro, dando ciência dos fatos e pedindo providências.
A reportagem da revista lembra Amorim, retificou essa semana as ações criminosas do grupo LCP, incluindo dossiê contendo armas pesadas e treinamento de guerrilha na selva amazônica.
"Queremos tirar essa situação a limpo, mesmo antevendo o terrorismo empregado pelo grupo desde que foi denunciado pela reportagem da revista. Essas facções criminosas começam assim: ninguém dar importância, acha que é coisa da Imprensa e quando se dá conta estão vivendo sob o manto do terror de PCCs, Farcs e agora essa LCP em Rondônia. O Governo, as autoridades e a população têm que ficar atentas e tomar as providências. Esse grupo não luta por terra para trabalhar, mas ao que parece para viabilizar ações criminosas", afirma Amorim.
Participam da audiência convocada pelos deputados Amorim, Moreira Mendes e Geovani Queiroz, o ministro da Justiça, Tarso Genro; Gercino da Silva, ouvidor agrário do Incra; Cezar Pizzano, secretário adjunto de Segurança; major Josenildo Jacinto, comandante da Polícia Ambiental; major Enedy Dias, diretor do Departamento da Polícia Legislativa da Assembléia; e, os jornalistas da revista Isto É, responsáveis pela reportagem denúncia.
Fonte: Yodon Guedes
Domingo, 19 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)