Quinta-feira, 3 de agosto de 2006 - 09h27
Região da 429 retoma seu lugar na era Cassol
O Vale do Guaporé e as cinco cidades existentes ao longo da BR-429 têm sido, historicamente, vítimas de profundo esquecimento por parte dos governantes. Por causa da distância geográfica, do isolamento natural, do relevo acidentado e de haver apenas uma rodovia a ligar a região ao resto do Estado, Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé e Costa Marques ficaram sempre em terceiro ou quarto plano na hora da repartição dos recursos estatais.
Os cinco municípios ocupam área de 30.757 km2, ou 13% do território rondoniense. Entretanto, seus habitantes, somados, não chegam a 95 000 pessoas, menos de 6% da população do Estado. Com apenas 49.970 eleitores, as cidades da BR-429 sempre estiveram em posição inferior na disputa por recursos com a Zona da Mata ou o Cone Sul - que são mais próximos, ricos e povoados.
Esta história tem mudado paulatinamente desde 2003, com a mudança no comando do Poder Executivo estadual. Durante a campanha, o então candidato ao Governo do Estado pela primeira vez, Ivo Cassol, dizia: Vou trabalhar por todos os municípios, independente de cor partidária, vendo o benefício que cada um precisa.
Eleito, foi preciso esperar algum tempo para avaliar a extensão da verdade de suas palavras. Passados 30 meses, e hoje novamente na disputa pelo cargo, o retrospecto 2003-2006 mostra que Ivo fez daquela região o alvo de ações incisivas e articuladas, capazes de lançar a base de um novo ciclo de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida para 100 000 rondonienses.
A começar pela BR-429, que é, de fato, ali, a artéria vital. A soma dos investimentos feitos na conservação e manutenção da BR-429 durante a gestão Cassol chega a exatos R$ 9.402.694,79. Apenas a construção da ponte em concreto de 120 metros sobre o rio Muqui custou R$ 1,669.797,53.
Os constantes alagamentos na época das chuvas, que sempre interrompiam o tráfego, foram drasticamente reduzidos, com a construção de bueiros celulares duplos e triplos em concreto armado, as chamadas galerias pluviais. Eles substituíram as velhas tubulações, enterradas há décadas, em 24 pontos diferentes da rodovia federal, consumindo recursos no valor de R$ 1.848.084,96.
O cascalhamento e o patrolamento dos 49,8 quilômetros entre São Miguel e Nova Brasilândia consumiram R$ 424.097,78 em 2004, R$ 623.023,32 em 2005 mas, a partir deste ano, o trabalho não será mais necessário: o trecho está sendo asfaltado, num investimento de R$ 18.592.972,49.
Na área da Educação, da Saúde e da Segurança Pública, os números alcançam R$ 3.512.115,19, assim distribuídos: a Escola Oswaldo Piana, em Seringueiras, ganhou quadra coberta (R$ 179.112,57); em Costa Marques e Alvorada foram reformadas as escolas Santa Ana (R$ 116.219,84), General Sampaio (R$ 215.864,07) e Gomes Carneiro (R$ 295.846,01). A mesma Costa Marques ganhou novos equipamentos para o Posto de Saúde do distrito de São Domingos, teve sua ambulância 100% reformada, recebeu um aparelho de ultrassom e passou a contar com uma unidade de transfusão de sangue em seu hospital municipal, assim como Alvorada do Oeste e Seringueiras tiveram ampliadas suas Unidades Mistas, para as quais foram enviados móveis e equipamentos. Também foram retomadas as obras do mini-hospital de São Francisco, abandonadas desde 1998. As delegacias de Polícia Civil de Alvorada e Costa Marques foram reformadas, receberam viaturas, armas, munições e equipamentos de defesa pessoal.
Nesta caminhada que estamos começando a partir de agora, quero reafirmar o que disse no início do meu governo: vou trabalhar vendo o que cada município necessita, e não se o prefeito é ou não do nosso grupo, disse Cassol. Com o asfalto entre Nova Brasilândia e São Miguel, a região da 429 vai ganhar uma segunda ligação com a BR-364, vai conectar-se à Zona da Mata e, com toda certeza, entrar numa nova era de crescimento econômico, finalizou Ivo.
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