Sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018 - 11h06
Fazer mais com menos. Essa foi à medida adotada pelo Governo de Rondônia para atravessar as turbulências econômicas que atinge o país sem afetar o equilíbrio financeiro. A iniciativa deu certo. Em 2017, a economia com gastos públicos foi de 20%, um índice que se mantém desde 2015, quando o governador Confúcio Moura estabeleceu por decreto esta meta de redução de despesas por ano.
Só com energia elétrica, o governo economizou 11,83% no ano passado e ainda 18,1% com os gastos com água, 14,6% com telefonia fixa e outros 16% com a telefonia móvel. Outras medidas adotadas em anos anteriores se refletem positivamente a cada ano no governo.
Um das reduções mais significativas se deu por meio da adoção da frota administrativa única, com a redução de 338 para 120 veículos sem prejuízo ao serviço público e substituição por automóveis novos e de modelos com manutenção mais econômica.
Se antes os gastos com a frota chegavam a cerca de R$ 8 milhões por mês, agora fica em torno de R$ 5 a 6 milhões. A concentração das secretarias em um único local, no Palácio Rio Madeira, além de trazer mais facilidade para cidadão que precisa de atendimento, causou também um impacto positivo para a economia. Foram reduzidos mais de R$ 1 milhão apenas com eliminação de aluguéis.
O valor das diárias de viagem foi reajustado, mas, em compensação, o número de servidores empregados nessas atividades passou a ser otimizado. O governo também vem economizando com a compra de papéis depois que aderiu ao Sistema Eletrônico de Informação (SEI), com a projeção de mais 50% de redução. A compra de copos descartáveis, que era de 200 caixas por semestre, caiu para 30 caixas por meio da campanha ‘‘Adote uma caneca’’.
A economia também foi feita por meio da centralização de contratos de manutenções, de abastecimento e também de aquisição de patrimônio. O Estado ainda reduziu gastos com programa de eficiência energética ao trocar a rede elétrica de escolas e outros prédios públicos.
De acordo com o titular da Superintendência de Gestão de Suprimentos, Logística e Gastos Públicos Essenciais do Estado (Sugesp), Elvandro Ribeiro, todos esses esforços de contenção de despesas são direcionados para um fim: respeito com o cidadão rondoniense ao aplicar bem o recurso público.
‘‘Quando nós deixamos de gastar com aquilo que não era necessário, estamos tendo respeito justamente com o rondoniense, porque fazemos economia de um lado para investimento do outro. Todos os nossos esforços têm que ser em prol da sociedade’’, afirma o superintendente.
O ponto de partida para o equilíbrio financeiro visto hoje se deu após a observação da situação econômica que existia no Estado. ‘‘A visão que o governador teve com essa projeção para ter esse equilíbrio hoje no Estado começou lá atrás, em 2011, quando ele começou a analisar a despesa e as receitas, e ele começou a se preocupar com o desequilíbrio que havia naquela época. Hoje, em 2018, vemos que as medidas adotadas lá atrás pelo pulso e pela capacidade técnica que o governador teve se refletem no equilíbrio econômico do Estado’’, avalia Elvandro.
IMPACTOS POSITIVOS
O superintendente explica ainda que o início da adoção de medidas para contenção de gastos públicos trouxe grandes desafios. Era preciso conscientizar os servidores sobre a importância das mudanças, mas hoje os resultados mostram que as decisões eram necessárias e possibilitou, por exemplo, ao Estado ser um dos poucos que não teve a folha de pagamentos afetada com a crise financeira.
‘‘Desde 2011 o governador fala que o salário do servidor é prioridade no governo dele e a visão do governador é de que o servidor sendo valorizado vai prestar um bom serviço a sociedade. Temos visto vários estados com pagamentos atrasados, inclusive com 13º sem estar pago ainda, parcelando em até seis vezes, e aqui no Estado nós recebemos o 13º em dia e já começou a fazer a reserva para o 13º salário deste ano’’, disse.
Para 2018, entre as novas medidas da gestão de recursos público está a criação do Sistema Único de Compras. ‘‘É direcionado para todos os materiais que são de expediente como papéis, canetas; copos, papel higiênico. Hoje cada secretaria compra o seu, se a gente passar a comprar tudo em um único processo, poderemos economizar pelo volume. Compraríamos mais por menor valor’’, afirma. A ideia é que as compras coletivas se estendam para as demais aquisições, inclusive de veículos. O que está sendo planejado pela Superintendência de Licitações (Supel).
Também deve ser implantada este ano a carona solidária,onde equipes de secretarias diferentes poderão compartilhar do mesmo veículo para a realização de atividades no interior do Estado. Uma medida necessária diante da política nacional de aumento do preço de combustíveis. Além utilizar o apoio da frota existente nas secretarias e escritórios regionais.
Outra ação será direcionada a economia do consumo de energia por meio da conscientização de cada servidor da importância de desligar os equipamentos eletrônicos do ambiente que utiliza, como nobreaks e lâmpadas. ‘‘Estamos todos os dias tentando criar soluções para gerar economia para o Estado. Os secretários estão bem alinhados e entendem a ordem do governador e do vice-governador e é esse trabalho conjunto que proporcionou todo esse resultado”, avalia o superintendente.
Fonte
Texto: Vanessa Moura
Fotos: Maicon Lemes
Secom - Governo de Rondônia
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