Quarta-feira, 4 de abril de 2012 - 12h04
Em 2011, o Brasil registrou 30.298 novos casos de Hanseníase, segundo o Ministério da Saúde. Em 2010, foram 34.894 novos casos. O número representa queda de 15% no registro da doença em todo o país. A doença é uma das mais antigas e é causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária. Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado.
Em Porto Velho, segundo dados da divisão de Epidemiologia, da secretaria municipal de Saúde (Semusa), na última década foi registrada uma média de 161 casos novos ao ano, acometendo com maior intensidade a população do sexo masculino, com 1.047 casos, representando (63,8%).
Segundo o secretário municipal adjunto de Saúde, Eduardo Maiorquin, o diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos. Ainda segundo ele as formas Dimorfa e a virchowiana, representam importante percentual dentre todas as formas identificadas, sugerindo a importância da doença no município de Porto Velho.
A classificação operacional visando o tratamento com poliquimioterapia é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: Paucibacilar (PB) – casos com até cinco lesões de pele; Multibacilar (MB) – casos com mais de cinco lesões de pele. A maioria dos casos diagnosticados no município de Porto Velho foi classificada como multibacilar. Este dado ratifica a importância da doença no cenário municipal e a necessidade da adoção de medidas de controle.
Quadro
No primeiro semestre de 2011, foram notificados 45 casos novos. 13 Unidades de Saúde municipais notificaram casos no 2º semestre. De acordo com o coeficiente de Hanseníase segundo forma e ano de diagnóstico a detecção de casos novos da doença ocorre tardiamente. No ano de 2011, o município registrou 81 casos da doença, com coeficiente de detecção de 19,96/100 mil habitantes, estando o município classificado como hiperendêmico para transmissão da doença. Destes 81 casos novos no ano de 2011 detectados, 78 foram curados.
Tratamento
Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. Maiorquin informa que todas as unidades de saúde do município de Porto velho fazem o diagnóstico e o tratamento. “A intenção da busca ativa é não esperar que a pessoa sinta alguma coisa e venha na unidade de saúde, mas buscar identificar precocemente qualquer mancha que tenha aquela sensação de dormência, que é o sintoma básico”, disse.
Outro alerta é que para cada caso da doença, outra cinco pessoas com quem o portador teve contato devem ser examinadas. “Isso é importante porque detectamos precocemente e evita que ela possa ter uma forma avançada grave, e a gente vai interrompendo a cadeia de transmissão”, disse.
O tratamento dura aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários. Assim, buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas. Feito à base de comprimidos orais, o tratamento também abrange exercícios e orientação da equipe de saúde. “É importante detectar a doença o mais rapidamente possível”, esclareceu o secretário.
Medidas
Dentre as medidas adotadas para o enfrentamento do problema, segundo Maiorquin estão a Visita mensal de Supervisão nas Unidades de Saúde da zona urbana de Porto Velho; Visitas domiciliares aos pacientes faltosos ao tratamento da hanseníase; Reuniões com diretores das Unidades de Saúde para informação sobre o comportamento da doença no município; Reuniões de monitoramento e avaliação com enfermeiros das Unidades de Saúde e atividades educativas alusivas ao dia mundial da hanseníase, em parceria com a Universidade Federal de Rondônia.
Metas
Como metas o secretário adjunto da Semusa apontou: 100% das Unidades de Saúde da rede municipal devem notificar, investigar e manejar oportunamente os casos suspeitos de Hanseníase; Curar no mínimo 89% dos casos novos de Hanseníase diagnosticados nos anos das cortes; Examinar 100% dos contatos intradomiciliares dos casos novos de hanseníase diagnosticados na faixa etária de 15 anos.
Fonte: Meiry Santos/Semusa
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