Quarta-feira, 9 de abril de 2008 - 12h11
JOSE GENARO: 'Sempre atendi todo mundo, a TAG inclusive'
O secretário de finanças, José Genaro, foi o entrevistado do programa Sala Vip, apresentado pelo jornalista Léo Ladeia, na rádio Parecis FM (98,1). Genaro abordou vários temas, dentre eles o polêmico caso da empresa TAG, confira trecho da entrevista:
LÉO LADEIA – O Senhor é fonte de uma frase recorrente “A máquina pública foi feita pra não fucionar”, não deixo de lembrar isso aqui no programa?
GENARO - É verdade Léo o que você está dizendo, a máquina parece que é emperrada e com toda dificuldade. Eu já estou a cinco anos no governo, mas digo para os meus amigos eu não mudei e nós estamos em um governo sério. Lamento o que acontece, alguns sites colocam de forma errada as coisas, não esclarecem, deixam nas entrelinhas. No começo me revoltava e ficava triste, mas hoje eu já entendo, e procuro não desrespeitar o Deus que eu sirvo. Me revolta quando vejo o Juninho Cassol passando por uma situação dessas, eu o tenho como meu filho, e lamentavelmente eles o colocam numa condição difícil de sair, porque botar uma algema num cidadão e tirá-la meia hora depois, a impressão que tirou e tira, não é bem assim. Eu gostaria Ladeia, que dessem um tempinho pra gente, para mostrar o que é essa operação, como funciona isso. Quando se fala em tráfico de influência, há cinco anos eu convivo com isso todos os dias, infelizmente propostas indecorosas têm todos os dias, pedindo para interceder, para arrumar, para pagar, se for prender todos, com certeza nesse país não temos prisão, tem que construir muitos presídios.
LÉO LADEIA – Genaro eu lhe conheço há muito tempo, desde a época do Pool de Empresas, lá pelos anos 90 quando eu coloquei a Sadia para participar daquele grupo, que eu achava que era importante. E nós participamos de muitas lutas no Pool, mas Rondônia tem toda condição atingir objetivos maiores. Mas conhecendo você, homem de família, eu queria lhe fazer uma pergunta, desculpa falar do filho do Cassol, mas se ele tivesse feito essa proposta para você, se você teria levado para o pai (Cassol)?
GENARO – Proposta de que?
LÉO LADEIA – De fazer alguma intermediação para uma coisa ilícita?
GENARO – Olha, eu não sei se fazer isso é ilícito, hoje eu tive três. Engraçado, tinha um prefeito comigo e eu disse a ele ‘prefeito você está fazendo tráfico de influência’ e ele respondeu ‘pelo amor de Deus você não está gravando isso’. Olha isso é tão absurdo. Na verdade a minha relação com o governo de Rondônia é tão boa, maravilhosa, porque no começo agente tinha tanta restrição, nós queríamos fazer um governo diferente, é para fazer um governo diferente nós estávamos incomodando muita gente. Imagina se eu tivesse um ‘quezinho’ só numa situação dessa se eu também não estaria junto, porque pegar uma pessoa que pediu para mim atender um empresário, foi pedido para mim atender o empresário, eu não deixo de atender ninguém.
LÉO LADEIA – Você atendeu o pessoal da TAG?
GENARO – Sempre atendi todo mundo, a TAG inclusive. Eles estiveram recentemente, faz uns vinte dias, eles vão representar no Brasil um marca forte de motocicleta, e querem montar em Guajará-Mirim, no primeiro ano já 60 mil motos, como não atender. Eu atendo todos os dias empresários que querem vir para Rondônia e querem saber que benefício Rondônia tem a oferecer, então a gente faz de tudo para poder atrair novos investimentos, é a única forma de nós continuarmos crescendo, não tenham dúvidas, nós estamos, em termos de arrecadação, sempre crescendo, sempre crescendo e nunca vai ser o suficiente, somos um estado novo, herdou situações do passado muito difícil de pagar, todas aquelas contas e nós temos que fazer os investimentos, e estamos fazendo sem comprometer nenhum endividamento.
LÉO LADEIA – O estado tem algum empréstimo no período do governo Cassol?
GENARO – Temos um. Agora com essa história do PAC, o governo de Rondônia está entrando com R$ 450 milhões, é um financiamento, mas nós entendemos que é preciso, e acho que Porto Velho necessita. Hoje a condição de endividamento do estado é saudável, hoje nós temos capacidade de endividamento, quando assumimos não tinha.
LÉO LADEIA - Sobre a TAG ainda, é uma empresa que foi constituída aqui, mas que trazia carros importados e que não passavam aqui por Rondônia, como funciona isso, a SEFIN sabia disso? Qual é o nível de incentivo fiscal que a empresa tem?
GENARO - Bem Ladeia, nós temos a TAG e mais nove empresas funcionando no setor de exportação. Procuramos administrar, isso é uma situação que nós temos no Brasil todo, lamentavelmente dentro do CONFAZ eu não consegui resolver, não só eu, mas muitos estados querem acabar com guerra fiscal e outros não querem, e o estado do Espírito Santo é um destes que não querem acabar, eles não aceitam abrir mão e nos obriga a também entrar na guerra fiscal.
LEÓ LADEIA – São nove empresas no total, operando?
GENARO - São dez, nós já tivemos quinze. Dentro do CONFAZ, nós temos nove estados, que nós chamamos de ‘acordo de cavalheiro’, então, a empresa não vem vender em Rondônia e nós não vamos vender no Estado dele. Agora, situações como do Distrito Federal, que atrai um atacadista pra lá, e este atacadista vem vender para Rondônia a com alíquota de 1%, qualquer atacadista que se instalar em Rondônia nós cobramos 17%, como ele vai competir, não tem como. Então lamentavelmente aconteceu com a TAG, ela não vende carro importado aqui, vende nos grandes centros, e o preço é realmente competitivo, porque tem uma redução de 85% de ICMS.
LÉO LADEIA – O que o governo do estado ganha o que com isso?
GENARO – Na verdade ganha muito pouco. Nós somos totalmente contrário a essa situação, agente faz até por uma obrigação, a TAG não faz só o problema da moto e do automóvel, ela de um modo geral faz em tudo, ela tinha inclusive contrato com a Petrobrás. É uma empresa muito forte do estado do Espírito Santo e que tem lá uma situação privilegiada, é um grupo forte. Aqui pra Rondônia eles prometeram trazer investimentos, e era isso que nós estávamos esperando que eles confirmem o investimento, fizeram contato com o governador recentemente, confirmando que estariam vindo para Guajará-Mirim para implantar uma montadora de motos, e com um projeto audacioso, para montar já no primeiro ano 60 mil motos para vender no Brasil.
Fonte: Gentedeopiniao com informações do programa Sala Vip (apresentado pelo jornalista Léo Ladeia)
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