Terça-feira, 16 de outubro de 2007 - 16h35
O presidente interino, Tião Viana, deu início à Ordem do Dia desta terça-feira (16) no horário regimental, 16h. Ele anunciou as votações nomes de autoridades, de embaixadores e de medidas provisórias que estavam trancando a pauta. O senador Gerson Camata (PMDB-ES) elogiou a pontualidade do início da ordem do dia, ressaltando que o Senado tem marcado suas sessões apenas "pelos discursos e não por votações das matérias". Fátima Cleide (PT-RO), Osmar Dias (PDT-PR) e Renato Casagrande (PSB-ES) se associaram às manifestações em favor de Tião Viana.
A primeira matéria votada foi a indicação de Miguel de Souza para a diretoria de Planejamento do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), que acabou aprovada. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) pediu, no entanto, o adiamento da votação.
- De repente, vejo a votação do DNIT já em curso - protestou, reclamando do líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR), que, por sua vez, pediu desculpas, observando não estar ciente da rejeição à indicação de Miguel de Souza.
Outros senadores saudaram a estréia de Tião Viana na presidência da Mesa, entre eles Romeu Tuma (PTB-SP), que conclamou seus pares a não deflagrar o assunto "sucessão" na Casa, enfatizando tratar-se de uma questão que pode atrasar o bom andamento dos trabalhos depois do afastamento do senador Renan Calheiros.
César Borges (PR-BA), Heráclito Fortes (DEM-PI), José Nery (PSol-PA) , Aloizio Mercadante (PT-SP) e José Agripino (DEM-RN), também enalteceram a ascensão de Tião Viana à presidência. José Nery, porém, afirmou que a crise deflagrada pelas denúncias contra Renan Calheiros não acabou. Segundo sustentou, é necessário que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar primeiro julgue os processos pendentes contra o presidente licenciado e que o Plenário vote as propostas sobre o fim do voto secreto para atenuar a crise. Ele sugeriu, ainda, que Tião discipline melhor o tempo dos oradores.
Já Mercadante destacou a importância do debate sobre a reforma tributária e a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), enaltecendo a tentativa de Tião Viana de firmar acordo suprapartidário para votações importantes. José Agripino lembrou que há meses os senadores da oposição "têm tentando segurar a imagem do Senado". Ele sugeriu que presidente interino acompanhe os processos que tramitam no Conselho de Ética .
- Vossa Excelência tem 45 dias para superar os desafios que terá pela frente. Mas creio que iniciamos uma volta à paz e ao diálogo - concluiu.
Fonte: Domingos Mourão Neto / Agência Senado
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