Terça-feira, 12 de junho de 2018 - 08h01
A Escola de Governo realizou nesta segunda-feira (11), palestra para técnicos que atuam na área de Recursos Humanos, de secretarias estaduais, sobre a Formalização de Processos de Aposentadoria. A ação faz parte de uma série de oficinas e eventos que estão sendo realizados no mês de junho pela Escola de Governo (EGOV).
A palestra foi ministrada por Universa Lagos, diretora de Previdência do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia (Iperon), que tratou dos aspectos legais para facilitar o processo de aposentadoria, apresentando resumidamente súmulas do Tribunal de Contas que versam sobre vários aspectos, como acumulação remunerada de cargos, dentre outros assuntos. “O servidor precisa estar amparado e o técnico do RH o mais preparado possível para repassar as informações, da maneira mais prática”, reforça.
Um dos objetivos da realização de cursos com o tema aposentadoria é o número crescente de servidores que começa a organizar os papeis e a cabeça para pensar na aposentadoria, afinal, por incrível que possa parecer, não são todos os trabalhadores que estão preparados para esse momento. “Há um expressivo número de servidores que estão nos últimos cinco anos que antecedem a aposentadoria e precisam se organizar psicologicamente e legalmente também”, lembra Isis Queiroz, diretora da Escola de Governo.
Em médio prazo ela adianta que a temática será trabalhada, também, com servidores mais jovens, desde a posse, para evitar dificuldades futuras. “Percebemos que muitos processos emperram por despreparo do próprio servidor que, em alguns casos, não guarda os documentos. Às vezes por falta de um documento ou porque não fez averbação no INSS, por exemplo, esse servidor pode encontrar dificuldade de atestar que trabalhou”, detalha.
A averbação de documentos que comprovam que o funcionário de fato trabalhou precisa ser feita no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) por todos os trabalhadores e nem todos têm esse conhecimento. Esse é um exemplo prático, repassado pela diretora da Escola de Governo, da importância da participação dos servidores, nas oficinas que estão sendo realizadas sobre o tema aposentadoria.
TRANSIÇÃO DE VIDA
De acordo com Isis, um momento bastante esperado por servidores e gestores sobre a temática, será o evento Transição de Vida, a ser realizado no dia 27 de junho, com enfoque sobre todos os aspectos que norteiam o momento da aposentadoria. “Serão discutidas, também, as alternativas, porque cada um desenvolve a sua maneira: alguns vão buscar outras formas de ocupação, mesmo que não seja trabalho, outros vão se dedicar mais à família, lazer ou cuidar mais da saúde”, explana. “Ele só precisa lembrar que aposentadoria não é o fim, porque não raro são relatados casos de depressão após a aposentadoria”.
Outra maneira de abordar o tema será trabalhar a sensibilidade das equipes para com os colegas que estão em fase de transição. “Há casos da chegada de novos servidores e toda a atenção passa a ser voltada a eles. Isso desfavorece a condição psíquica, a saúde geral do servidor que está em fase de transição para a aposentadoria, e dificulta o processo”, exemplifica. “Por isso é importante a participação de todos os servidores, vale lembrar que todos tem um pai, um avô, que pode estar precisando de apoio para tramitar o processo de aposentadoria”, define.
GESTÃO DA FELICIDADE
Isis explicou que este primeiro curso, dedicado especialmente às equipes que compõem o RH, faz parte de um cronograma intitulado Gestão da Felicidade, estruturado para contribuir com a melhoria do clima organizacional dentro das secretarias. “Nosso objetivo é trabalhar a autoestima e resgatar a expectativa, não só de serviços, mas melhorar o bem estar do cidadão”, afirma. “Pensamos em trabalhar não só a condição de eventos de capacitação, mas o desenvolvimento pessoal e profissional do servidor”, completa.
O trabalho está sendo desenvolvido de maneira que o trabalhador possa visualizar sua importância, nos aspectos pessoal e profissional, por isso gestores de todos os órgãos estão focados nesse conceito: de ressaltar a história de vida do servidor. “Entendemos que essa perspectiva, de tratar, lidar com as pessoas, ajuda a reduzir o aspecto da depressão, bem como a distância entre os servidores de diversos órgãos”, resume. Nesse sentido, Isis relembra a história de ocupação do Palácio Rio Madeira: “cada órgão veio com sua cultura, seus costumes, estamos tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes, por isso é importante a integração entre os servidores, para que cada um comece a enxergar seu valor dentro desse contexto”, ressalta.
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