Sexta-feira, 8 de junho de 2018 - 11h09
A princípio era uma ferramenta utilizada para facilitar a comunicação pessoal, depois ganhou força para unir as famílias por meio de grupos, se tornou fórum para discussão de temáticas de interesse coletivo, fortalece direcionamento de trabalhos em instituições e, agora, serve também como mecanismo para indicar ou recolocar profissionais no mercado de trabalho. Isso mesmo. O Sine Estadual de Rondônia lançou no início deste mês, um grupo de interação por meio do aplicativo WhatsApp para pessoas interessadas nas vagas de emprego divulgadas diariamente.
Atualmente o Sistema Nacional de Empregos (Sine) divulga as vagas em sua sede, na rua Paulo Leal, no centro de Porto Velho, através do site oficial Emprega Brasil, conta com multiplicação das informações em sites de notícias de Rondônia e por meio de publicação em redes sociais. “Há uma interação interessante por intermédio das redes sociais”, garante Augusto Celso, diretor do Sine em Rondônia, atento às respostas do público advindas de diferentes canais de comunicação, o que reforçou a importância de uso do aplicativo WhatsApp.
Ele explica que a divulgação expressiva por meio de todos os canais de comunicação tem colaborado com os objetivos do Sine (recolocar pelo menos 6% do público de volta ao mercado de trabalho). Este ano, até o mês de abril já foram 984 vagas preenchidas. No ranking estão atividades relacionadas a serviços, como cabeleireiro, motorista e atendente. Já o comércio sofreu perda. De acordo com Augusto, um movimento natural registrado nos primeiros meses do ano, quando geralmente há desligamento dos profissionais contratados para atividades temporárias no final do ano. A contratação para profissionais da área de construção civil também está parada, “porque o mercado não está aquecido”, adverte o diretor, as contratações para esta área foram evidentes nos primeiros meses do ano, para o ramo da serralheria.
Em franca ascensão estão as vagas para o setor administrativo, como áreas de recursos humanos e auxiliares para atuar com médicos e dentistas, que buscam por profissionais qualificados. E qualificação técnica, segundo Augusto, pode ser a chave necessária para abrir a esperada porta de emprego: “A qualificação nas áreas costuma ser o diferencial que as empresas buscam, por isso é bom que se faça cursos técnicos, qualquer curso específico já faz a diferença”, orienta.
Ana Beatriz Araújo, 19, administradora, sabe bem o que representa qualificação para recolocação profissional no mercado de trabalho. A procura de uma profissional para trabalhar em sua casa, ela diz que ficou bem impressionada com o perfil da trabalhadora indicada pelo Sine: “pelo que entendi ela ficou poucos dias sem trabalhar. Atendeu muito nossa expectativa e fechamos bem rápido o contrato”, afirma.
Uanderson Ferreira, 38, radiologista tem comprovação de qualificação em sua área, durante a elaboração desta matéria, ele estava no Sine apresentando os documentos para dar entrada no seguro desemprego, mas já observava as vagas disponíveis. “É preocupante ficar desempregado em tempos de crise. Quando cheguei aqui e vi um monte de gente parado, fiquei ansioso”, confessa. Uanderson contou que também tem qualificação para trabalhar como auxiliar de laboratório, mas na empresa que se desligou, recentemente, atuava como separador de mercadorias. “Fico atento a qualquer vaga, o importante é trabalhar”, garante.
Roseane Menezes, 40, cozinheira, também tem o mesmo pensamento. “A área que mais gosto é cozinha, mas não me importo se surgir oportunidade em outro ramo”, diz.
Já Maria Augusta, 38, atua como cuidadora de idosos, foi ao Sine pela primeira vez em busca de uma vaga nessa área. “Fiz um curso de técnico de enfermagem e passei a gostar de lidar com idosos. É a área que eu mais me interessa, espero encontrar uma oportunidade”, define.
Rosemar Regina de Mota, 46, é auxiliar de dentista e também busca uma vaga em sua área profissional. Ela está fora do mercado de trabalho há três anos e afirma que não consegue fazer cursos de qualificação porque as contas foram só aumentando nesse período. “Estou dependendo completamente do meu esposo, o recurso está escasso”, lamenta, “mas o importante é começar a trabalhar. Até aceito que seja em outras áreas”, completa.
Casos de pessoas que enfrentam longos períodos fora do mercado de trabalho, segundo Augusto Celso, podem estar relacionados à falta de comprovação em carteira de trabalho ou falta de atualização no cadastro no Sine. “Aproveito para convidar as pessoas para atualizarem o cadastro, que venham até o Sine ajustar as informações”, conclama.
A ideia é que o uso do WhatsApp venha fortalecer até mesmo informações como a necessidade de atualização do cadastro e que favoreça grupo de pessoas que precisam saber de pequenos detalhes como estes. Quem tiver interesse de participar pode acessar o link aqui para fazer parte do grupo criado pelo Sine Estadual e receber informações sobre as vagas disponíveis diariamente.
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