Segunda-feira, 8 de novembro de 2021 - 19h54
“Confúcio Moura é um dos
poucos representantes do povo aqui em Rondônia que ainda está ao lado dos povos
indígenas e defende a nossa causa” ela disse em vídeo no YouTube.
“A gente tem poucas
pessoas ao nosso lado; é muito bom saber que a Frente Parlamentar Mista em
Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas pode contar com pessoas iguais a ele,
defendendo os nossos direitos lá em Brasília”, ela acrescentou.
Uma consulta aos arquivos
da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em sua Coordenadoria do Ensino
Indígena, revela que o ex-governador Confúcio Moura mandou construir pelo menos
cem novas escolas e salas de aula em terras indígenas, e deu início à mediação
tecnológica também para as aldeias.
Segundo a sua assessoria,
o ex-governador de Rondônia apoiou a ampliação da formação do quadro de
professores e coordenadores de educação, com a conservação da língua materna,
via Projeto Açaí, que comtemplava 54 etnias no estado. As festas de colação de
grau eram realizadas em Presidente Médici, na BR-364.
Em sua administração o
projeto contabilizou mais de duzentos formandos contratados pelo governo do
estado, capazes de conduzir a educação indígena e levar adiante o que de mais
sagrado os povos indígenas preservam: o ato de falar e escrever na língua
materna e, ao mesmo tempo, em português.
BOAS ESCOLAS
Em 2013, na aldeia Paj
Gap, da etnia Arara, o então secretário regional do governo, Romildo Pereira,
destacava em Ji-Paraná: “Nunca, na história do município, um governo investiu
tanto em educação e obras de infraestrutura; só na escola para os povos Arara e
Gavião foram R$ 940 mil”.
Em 2015, Confúcio assinava
a Carta dos Parlamentares do Brasil em Apoio à Luta do Povo Cinta Larga. O
documento fora idealizado pelo Ministério Público Federal em Rondônia e pelo
grupo Clamor (Cinta Larga – Amigos em Movimento Pelo Resgate).
Em 2017, o então coordenador estadual de Ensino Indígena da Seduc, cacique Antônio Puruborá, destacou a iniciativa de Confúcio Moura: “Com escola moderna, não será mais necessário os índios deixarem a aldeia Tanajura para estudar em Guajará-Mirim”.
ROUBO DE MADEIRA
Em artigos escritos para o seu blog e em jornais e revistas, bem antes também das operações Verde Brasil, do Exército Brasileiro, o ex-governador apelava ao governo federal para intervir e conter o roubo de madeira em território indígena. Apelou por justiça para os Uru-eu-au-au (na região central do estado), vítimas de roubos e de assassinatos quando a Polícia Federal já totalizava mais de 13 mil metros cúbicos de extração ilegal de madeira de lei em território Karipuna.
A PF ainda não revelou o total de madeira roubada dos Uru-eu-au, porém, está de prontidão para agir, se acionada, na reserva Karitiana, no município de Porto Velho, onde também há denúncias de derrubadas feitas clandestinamente.
“Estive pessoalmente em diversas aldeias, dialogue com caciques, suas mulheres e seus filhos, e sempre me agradei com a maneira como fui bem recebido em todas elas; isso demonstra o quanto o político tem que conhecer o seu estado, saindo um pouco do asfalto para alcançar os cantões e reconhecer a luta, o trabalho e a vida daqueles verdadeiros pioneiros desta parte da Amazônia Brasileira”, disse Confúcio.
Em relação à madeira: “Há situações que não conseguia solucionar sozinho, razão porque apelei ao governo federal; infelizmente, as respostas foram vazias e até hoje a ganância se manifesta contra o território indígena, exigindo ações públicas e até reações no sentido de reverter prejuízos inomináveis para o patrimônio natural rondoniense”.
Na área da saúde: “Determinei à Casa Militar e à Secretaria de Saúde, durante a administração de Willames Pimentel, que o barco Walter Bártolo visitasse a barranca do rio Mamoré na Aldeia Deolinda, e lá na frente assistisse a outros indígenas do Guaporé; e assim, dezenas de crianças, jovens e idosos fizeram tratamento dentário, cuidaram de ferimentos causados por perfurações nos pés, picadas de cobra, e todos receberam remédios da farmácia instalada no barco
Tão produtiva que é, o trabalho educacional em prol dos povos indígenas, em obras físicas ou projetos com o uso da internet, prosseguiu com seus sucessores no governo estadual, Daniel Pereira e Marcos Rocha.
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