Sexta-feira, 22 de dezembro de 2017 - 08h16
Dando sequência ao trabalho de inspeções das unidades prisionais, o deputado estadual Anderson do Singeperon esteve na terça-feira (19/12) no maior presídio de Rondônia, a Casa de Detenção Dr. José Mário Alves da Silva (Urso Branco) e no Presídio Provisório Feminino da Capital. No dia seguinte, inspecionou o Provisório Masculino, mais conhecido por Pandinha.
No Urso Branco, que abriga hoje cerca de 640 apenados, Anderson conversou com a direção e agentes plantonistas, os quais revelaram que a maior dificuldade ainda está no efetivo de servidores. “Mesmo com as escalas extras, existe essa necessidade de mais agentes penitenciários para reforçar a segurança e desenvolver as atividades rotineiras”, relatou o deputado.
“A estrutura é antiga e judiada, consequência das diversas rebeliões e motins que protagonizou, o que levou o Estado Brasileiro a responder um processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA)”, afirmou Anderson.
No entanto, o parlamentar ressaltou uma das iniciativas de reinserção social que será implantado na unidade ao visitar o espaço onde deverá funcionar uma biblioteca. “Aqui o preso poderá diminuir a sua pena por cada livro lido. Um projeto que tem funcionado bem em outros estados”, destacou.
Provisório Feminino
Já no Presídio Provisório Feminino, o deputado Anderson também verificou as condições de trabalho e a estrutura local.
O efetivo de agentes penitenciárias também é baixo, em relação às pouco mais de 40 apenadas. “A estrutura também é ruim, mas nos colocamos à disposição para ajudar no que for preciso a direção e colegas”, evidenciou.
Pandinha
A unidade prisional que recebe os presos provisórios, geralmente advindos da Central de Polícia, também passou pela inspeção do deputado, na quarta-feira (20/12).
Com pouco mais de 400 presos, Anderson constatou que cerca de 80 condenados cumprem pena na unidade por falta de vagas nas demais penitenciárias. “Além da superlotação, o efetivo de agentes penitenciários fazendo a segurança nas carceragens também é deficiente”, revelou.
Segundo Anderson, a Direção da unidade tem se esforçado para melhorar as condições de trabalho e a estrutura física, onde uma parte se encontra em obras.
Entretanto, o deputado apontou que somente duas guaritas fazem a guarda externa da unidade, o que coloca em risco a segurança dos agentes penitenciários. “As outras duas guaritas, mais próximas da Colônia Penal, estão abandonadas pela Polícia Militar. Isso é um grande risco para o servidor que fica desguarnecido”, criticou.
Todas as sugestões, reivindicações e problemas identificados serão encaminhados pelo deputado à Secretaria de Estado de Justiça de Rondônia (Sejus).
Fonte: Ascom
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